Presidente do IPE chamado a dar explicação sobre sua posição contrária à previdência complementar |
A defesa da previdência pública por "uma questão de formação ideológica" alegada pelo Presidente do IPE Valter Morigi deixa transparecer que não existe consenso que permita o encaminhamento das mudanças pretendidas pelo governo no que tange a previdência dos servidores públicos. Apesar das declarações posteriores da Secretária da Administração Stela Farias de que não entendia como divergências as declarações do Presidente do IPE, o que fica evidente é que não será nada fácil para o governo aprovar medidas tão impopulares como as que estão em estudo.
Verdade seja dita o tal pacoTarso não trás no seu bojo nenhuma modificação estrutural, como readequação de tempo de serviço, readequação de alíquotas, readequação dos planos de carreira dos servidores e o papel do estado no processo de recuperação do sistema previdenciário, sendo que com o aumento diferenciado de alíquota, segundo o Diretor de Previdência do IPE Artur Dessardes Júnior "deixa transparecer se tratar apenas de mais uma iniciativa de caráter simplesmente arrecadatório com fundo eminentemente politico-demagógica com objetivo de dar uma resposta aos mais baixos salários".
Sem dúvida as medidas até agora anunciadas não tem o condão de solucionar o déficit previdenciário histórico, o qual não foi perpetrado somente pelos servidores públicos, pois estes sempre tiveram sua parte descontada diretamente em seus contracheques, mas sim pela irresponsabilidade de inúmeros governos que se sucederam em gestões ceifadas de risco e descontrole.
Lamentável que no momento de se adotar medidas saneadoras o governo do PT que sempre questionou as soluções adotadas por outros governos, não demontra nenhuma criatividade e sim repete seus antecessores ao jogar apenas sobre os ombros dos servidores públicos o ônus da recuperação do sistema previdenciário como um todo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário