sexta-feira, 20 de maio de 2011

Conselhão não dá aval à reforma da previdência

Outras sugestões dos conselheiros de Tarso reduzem impacto de pacote na arrecadação do RS

Em recomendações endereçadas ao governador Tarso Genro, integrantes do Conselhão não deram aval para a reforma da previdência, proposta que faz parte de um pacote de medidas a ser enviado à Assembleia Legislativa na próxima semana. Num conjunto de 60 sugestões, eles atenuam o impacto financeiro do pacote do Piratini no caixa do Estado.

Metade da câmara temática da previdência, que se reuniu ontem à noite, não concorda com o aumento da contribuição mensal para os servidores que recebem um salário acima de R$ 3,6 mil. É o caso do conselheiro João Ricardo dos Santos Costa, também presidente da Associação dos Juízes (Ajuris). A entidade é contrária a qualquer tipo de aumento de alíquota. Para Santos Costa, o Estado “não pode resolver os problemas desta forma”:

– Apresentamos uma proposta de regime próprio de previdência, nos moldes do que foi implantado em Porto Alegre.

O projeto deve ser anexado ao relatório que chegará hoje às mãos de Tarso. Outro ponto em que houve discordância foi o regime de capitalização para futuros servidores. O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos (Sindsepe), Claudio Augustin, se diz “radicalmente contrário” ao modelo:

– Ao fazer a segregação entre os atuais servidores e os novos (a partir de 2004), vai ampliar a falta de recursos para o atuais aposentados e vai aumentar a despesa da previdência.

Em relação à inspeção veicular, a advogada e desembargadora aposentada Maria Berenice Dias sugeriu a utilização de equipamentos de fiscalização nacionais, a fim de aproveitar e estimular o conhecimento técnico e científico, o que permitiria a redução dos gastos com importação. O grupo também recomenda que a inspeção comece pelos veículos utilitários, de carga e coletivos.

Quanto às requisições de pequeno valor (RPVs), também conhecidas como pequenos precatórios, o comitê gestor do Conselhão está preocupado com a fixação de um limite anual.

– A RPV existe porque o servidor abriu mão de um precatório maior em troca de receber com mais agilidade. Isso é um escárnio – afirmou o presidente da CUT-RS, Celso Woyciechowski.

Fonte: Aline Mendes - http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a3317814.xml&template=3898.dwt&edition=17144&section=1007

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NOTA DO EDITOR: Apesar das sugestões e críticas do Conselhão certamente os projetos serão encaminhados para a ALRS, momento em que temos de estar preparados para o embate no sentido de repelir esse PacoTarso arrecadador.

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