terça-feira, 10 de maio de 2011

Professores e brigadianos tornam insolúveis o sistema previdenciário do estado

A situação das despesas com pessoal em 12/2010.

A tabela ao lado mostra que a Educação e a Brigada Militar, embora representem 43,3% do total do valor da  Folha de ativos, respondem por  57% na de inativos.

.  Se os professores, individualmente, não recebem os maiores salários, por que ocorre isso?

. É que em ambos os casos,  a aposentadoria é concedida  depois de 25 anos para a mulher e de 30 anos para o homem.

. Pior ainda:
1) A idade mínima para a aposentadoria de um professor é de 50 anos no RS. Até há pouco, foi de 42 anos. Milhares de mestres aposentaram-se jovens e recebem aposentadorias há 40 anos.
2) Não há exigência alguma de idade mínima para um brigadiano pedir aposentadoria.

. Como se sabe, a expectativa de vida dos gaúchos é de 76 anos. Isto significa que o professor e o brigadiano, receberão maior valor como aposentados e por maior prazo do que contribuíram.

. No setor privado, como é o caso do editor, aposentadoria só sai depois de 65 anos de idade e ainda assim com fator previdenciário em cima e teto máximo de R$ 3.684,00.

. O caso da Brigada Militar é até mais grave. Ele explica por que razão a Brigada Militar possui 455 coronéis na reserva e 17 coronéis em atividade.

. As duas categorias de servidores estaduais passaram de 49% da despesa total com inativos para 57% entre 1999 e 2010 (11 anos).

. Esta é a maior causa da crise da previdência.

- Perguntem ao editor se o governador Tarso Genro, no seu Pacotarso, ao tratar sobre o aumento da alíquota das contribuições previdenciárias, sequer move um músculo para corrigir as distorções. O governo quer apenas tungar R$ 200 milhões por ano de todos os servidores – todos. A idéia é fazer caixa para pagar salários maiores para os professores. 

 Fonte: http://polibiobraga.blogspot.com/2011/05/saiba-por-que-professores-e-brigadianos.html

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NOTA DO EDITOR

Os argumentos do comunicador servem apenas para reafirmar a nossa convicção de que os governos que se sucedem há muitos anos tem se omitido de buscar uma solução para a previdência estadual.
Uma conjunção de vontades entre os servidores que se submetem à salários de fome e a pouca ou nenhuma responsabilidade dos governos em buscar soluções sérias para a previdência vem desaguar nas graves distorções que vem se acumulando de forma preocupante.
Alie-se a esta dessídia de resultados funestos os problemas nas carreiras desses servidores, os quais através de suas entidades representativas não demonstram nenhuma vontade de discutir sem uma reposição salarial compatível e estará formado um material composto de nitroglicerina pura que nenhum governo deseja ver explodir em suas mãos.
O que não pode acontecer é uma solução de afogadilho, como a que está sendo proposta, onde apenas um dos lados, no caso parte dos servidores públicos e a população em geral tenham que arcar com toda a responsabilidade pela omissão de sucessivos governos.
Discordo do jornalista Poíbio Braga quanto a maior causa do déficit previdenciário: não são os servidores públicos os responsáveis, estes sempre contribuíram religiosamente com seu quinhão, ao passo que os governos nunca fizeram o dever de casa na sua totalidade, portanto não é justo que paguemos com sangue um déficit que não ajudamos a contruir sozinhos.
Os projetos apresentados punem de morte apenas uma parte dos envolvidos na crise: servidores públicos e sociedade em geral.
E o governo, qual é o tamanho de sua colaboração para a solução do problema?
Pelo visto nada!!!

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