O chefe da Casa Civil do governo do RS, Carlos Pestana, não conseguiu esconder dos seus colegas secretários, quinta-feira, que o Pacotarso é apenas arrecadador. Eis o que ele disse:
- Do contrário (se não passar o Pacotarsom que custará R$ 1,1 bilhão aos contribuintes gaúchos) o governador vai se resumir a pagar a Folha, pagar dívida e fazer manutenção.
. Não podia ser mais claro.
. O editor tem preferido insistir no caso perverso da criação da nova taxa de inspeção veicular, porque o governo passa a ideia de que se trata apenas de um novo tributo, quando na verdade trata-se de um negócio bilionário.
. Não é que não tenham relevância as tungadas sobre as empresas (taxa ambiental), servidores (nova alíquota de previdência) e credores (calote dos precatórios).
. Acontece que o negócio da inspeção veicular é algo que precisa ser esclarecido.
. O editor faz seus cálculos em cima de números :
- Nova taxa de inspeção veicular – Arrecadação de R$ 250milhões por ano.
. E sobre totais questões que o governo espertamente nem coloca:
- Contratação de 24 mil servidores para fazer as inspeções veiculares de 5 milhões de veículos: R$ 400 milhões por ano.
- Custo de ajustes ordenados pelas vistorias em 5 milhões de veículos, a R$ 800,00 por carro – R$ 4 bilhões.
. Sim, a inspeção veicular poderá ser feita por terceiros; sim, as oficinas poderão ser de rede autorizada. Aliás, se não for assim, como será? O Estado superpoderoso e superdotado fará tudo?
- O editor não acredita em jantar grátis, em Papai Noel e em Coelhinho de Páscoa. Esta taxa de inspeção veicular envolve um enorme negócio que não é colocado pelo governo, pelos deputados e pela mídia.
Visite o site: http://polibiobraga.blogspot.com/ para examinar as enormes maracutaias que ocorrem em São Paulo na área de vistoria das inspeções veiculares. O vídeo da reportagem da Record é eloqüente.
Fonte: http://polibiobraga.blogspot.com/
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NOTA DO EDITOR: Só não vê quem não quer, venho salientando a pouca vergonha que é este pacote. A única solução que tem um pouco de fundamento é a criação do fundo previdenciário para os novos servidores públicos, as demais não atacam o problema do déficit, apenas jogam sobre parte dos servidores e da população um simplório conjunto de medidas arrecadatórias.
Em nenhum momento o governo assume a responsabilidade que lhe cabe nessa ciranda de malversação dos recursos da previdência que há décadas são aplicados e geridos de forma inadequada. E agora os servidores é que são os culpados? Quem sabe reduz um pequeno percentual dos R$ 6 bilhões de renúncia fiscal para atenuar o déficit?
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