Os partidos de oposição ao governo Tarso na Assembleia se reuniram ontem para buscar unidade, projetar atuação em bloco e construir estratégia discursiva para atacar os projetos do programa de sustentabilidade financeira.
A primeira definição de consenso entre os oposicionistas é de que eles devem reforçar, junto ao Piratini, os pedidos de retirada do regime de urgência dos projetos. Fragilizada até o momento, a oposição ainda mantém a esperança de cooptar junto a alguns deputados governistas votos contrários às alterações nas Requisições de Pequeno Valor (RPVs) e à cobrança de alíquota previdenciária de 16,5% de parcela dos servidores.
Porém, diante da flagrante dificuldade em derrotar a maioria governista no Plenário, os oposicionistas pretendem ao menos unificar o discurso e buscar aproximação junto às entidades contrárias às propostas do Piratini para tentar desgastar a imagem pública de Tarso. "O único espaço que temos para mostrar as contradições e mentiras do PT é aqui na Assembleia. Temos que ocupar o nosso espaço, superar as diferenças e formar parcerias com os setores atingidos para que os nossos argumentos ecoem com mais força", afirmou o deputado Marco Alba (PMDB).
Na reunião, que contou com a presença das bancadas do PMDB, PP, PSDB, PPS e Dem, foi encaminhada a realização de sessão extraordinária na Comissão de Constituição e Justiça, presidida por Edson Brum (PMDB), que deverá ocorrer no dia 28 de junho, quando os projetos passam a trancar a pauta da Assembleia. O intuito é anexar aos projetos das RPVs e da alíquota previdenciária de 16,5% o parecer de inconstitucionalidade da CCJ.
Frederico pedirá parecer de Kaipper
O deputado Frederico Antunes (PP) pedirá que a Mesa Diretora da Assembleia solicite formalmente ao procurador-geral do Estado, Carlos Henrique Kaipper, a produção de um documento de análise da legalidade das propostas de alteração das RPVs e cobrança de alíquota previdenciária de 16,5% dos servidores mais bem remunerados. "Queremos saber a posição do procurador, que tem o dever de defender os interesses de Estado", afirmou o progressista.
|
Servidores vão à AL contra pacote
Nesta terça-feira, representantes de entidades de servidores estaduais encontraram-se com parlamentares do PTB e do PMDB para apresentar suas restrições ao pacote do governo que se encontra na Assembleia Legislativa. Afisvec e Sindifisco-RS reuniram-se com Alexandre Postal (PMDB) e a União em Defesa da Previdência esteve com a bancada do PTB. Nos encontros, os servidores ressaltaram a contrariedade em relação ao aumento da contribuição previdenciária de 11% para 16,5%.
|
Piratini debate alíquota menor
A líder do governo Miriam Marrone (PT) admitiu ontem que o Piratini aceitou discutir emenda do deputado Cassiá Carpes (PTB) ao projeto que estabelece alíquota previdenciária de 16,5% para os servidores melhor remunerados. Cassiá propõe a alíquota de 14,5%. Nos bastidores, informação é a de que dificilmente o governo aceitará a emenda.
|
Governador critica Cpers
O governador Tarso Genro criticou duramente ontem a paralisação promovida pelo Cpers, que protesta contra o programa de sustentabilidade financeira. "Eles informam que a categoria será atingida e que vamos privatizar a Previdência. São duas inverdades flagrantes", disse Tarso, que considerou "falsa" a justificativa para a manifestação.
********************************************************************************************************** NOTA DO EDITOR: O governo aparentemente está pouco se lixando para as manifestações dos servidores públicos, porém o que interessa é a resposta que vem da assembléia, esta sim sensível a todo tipo de pressão. Diante disso o interessante é continuar conversando com os deputados e pressionando as suas bases eleitorais (vereadores e prefeitos). A pressão nas bases deve ser de responsabilidade de todos os brigadianos que tenham qualquer tipo de contato com as autoridades municipais em todo o território do RS, só assim vamos ter condições de derrotar esse PacoTarso arrecadador.
|
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário