quarta-feira, 8 de junho de 2011

Charqueadas: comunidade pede mais segurança

Em encontro realizado no Fórum do município nesta quarta-feira (08/6), a comunidade de Charqueadas discutiu iniciativas para melhorar a atuação dos órgãos de segurança pública na cidade. A reunião foi provocada a partir de comunicação da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) que denunciou a precária situação da Delegacia de Polícia.
Presidido pelo juiz Adriano Parolo, da 1ª Vara de Charqueadas, o encontro se estendeu por toda a manhã. O magistrado enfatizou que a iniciativa serviu para que os vereadores e o CDL relatarem diretamente ao representante da Chefia de Polícia as dificuldades que os cidadãos locais enfrentam no dia-a-dia, principalmente por crimes relacionados com o tráfico de drogas. Ele acredita, ainda, que a reunião poderá contribuir para uma maior integração entre as polícias e a Justiça, o MPE e a Defensoria Pública. A juíza Sônia Fátima Battistela, da 2ª Vara local, também participou ativamente das sugestões.
Em documento assinado no dia 3 de junho, o juiz Parolo julgou procedente o pedido formulado pelo Ministério Público Estadual (MPE) e condenou o Estado a designar permanentemente, no mínimo, oito policiais civis para a Delegacia de Charqueadas. Foi determinado, ainda, o reaparelhamento da sede local da Polícia Civil com a melhoria das instalações físicas. Cabe recurso da sentença ao Tribunal de Justiça (TJRS).
Como saldo do evento, o diretor do Departamento de Polícia do Interior, delegado Mário Wagner, anunciou a chegada de mais dois servidores como reforço temporária para a Delegacia local a partir de junho. Eles atuarão por três meses em Charqueadas. Outros quatro agentes devem começar a trabalhar na cidade em julho, também temporariamente pelo mesmo período.
O prefeito Davi Gilmar de Abreu Souza afirmou que o encontro foi positivo, mas que há muitos desafios pela frente. “A situação ainda não é caótica, mas não queremos que chegue neste ponto, como vemos em outras cidades que apresentam índices de criminalidade assustadores”, comentou. “Queremos tratamento diferenciado porque temos seis mil presos e a cidade atende também todos os seus familiares”. Deste total de presos, diz ele, menos de 50 são oriundos de Charqueadas.
O próximo encontro para discutir a segurança pública no município será na própria Delegacia de Polícia, sob coordenação do delegado Pedro Urdangarin.
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NOTA DO EDITOR: Se esta moda pega em breve teremos militares estaduais designados por sentença judicial para atuarem em locais definidos pelo Poder Judiciário. Salvo entendimento contrário, tal situação configura interferência, no mínimo inadequada, do Poder Judiciário na seara do Poder Executivo, pois os problemas dessa ordem vão pipocar por inúmeros municípios do estado e não podem ser resolvidos dessa forma, uma vez que os servidores tem que sair de algum lugar para cumprir a decisão judicial.
Como os gestores não tem o poder da multiplicação, por certo vão retirar efetivo de outros municípios, os quais sentir-se-ão prejudicados e entraremos numa barafunda de ações judiciaias que não vão resolver o problema da segurança pública. Solução: só com ingresso de efetivo, melhores salários, políticas sociais, emprego, saúde, habitação,etc...

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