sexta-feira, 26 de agosto de 2011

POLICIAIS CIVIS TAMBÉM NÃO ACEITAM PROPOSTA DE REAJUSTE SALARIAL DO GOVERNO



Representantes dos Policiais Civis rejeitam proposta salarial.


O governo apresentou nesta sexta-feira, dia 26 de agosto, proposta de reajuste de 3% para o mês de outubro e índice semelhante em março de 2012. A Ugeirm considerou inaceitável o índice apresentado pelo chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, que se traduz em cerca de 60 reais brutos para um agente policial.

Amanhã, dia 27, a partir de 9 horas, policiais civis e militares fazem protesto na abertura da Expointer. O vice-presidente da Ugeirm, Fábio Castro, iria se reunir com entidades da Brigada Militar no final da tarde de hoje. “É importante denunciar à sociedade gaúcha que temos os piores salários do Brasil. O governo pretende manter esta situação”. 

Ante a contrariedade prontamente assinalada pelo sindicato e outras entidades representativas da Polícia Civil e da Susepe, Pestana disse que outra proposta, de reajuste linear, seria feita até sexta-feira da próxima semana. O secretário de Segurança Pública, Airton Michels, acompanhou a audiência.  

A Ugeirm teve notícia de que, na manhã desta sexta-feira, o governo apresentou proposta semelhante às entidades representativas de praças da Brigada Militar. Para um soldado, o índice giraria em torno de 4%. 

Discurso oficial 

A proposta do governo foi “aumentar em 50% os valores da matriz salarial, com antecipação da metade do valor para outubro deste ano”. Isso signfica total de 175 milhões na matriz salarial, sendo 87,5 milhões creditados em outubro deste ano e montante igual – “mas que pode ser melhorado” – em março de 2012.  

Na calculadora que Pestana levou à reunião, o governo totaliza reajuste de 6,7% para um agente policial. Logo, existe, segundo ele, “ganho real de salário”. O governo soma a proposta feita hoje ao total distribuído pela matriz salarial de março deste ano. O discurso do Palácio Piratini não resiste aos fatos. 

Salários menores 

Preliminarmente, a Ugeirm não aceita discutir valores que foram creditados, por força de lei negociada no governo anterior, na matriz salarial de março deste ano. Inspetores e escrivães perceberam à época cerca de 4%.  

A inflação acumulada no ano anterior, medida pelo IBGE, foi de 5,9%. A projeção inflacionária para este ano é em torno de 6%. O governo quer somar índices de reajuste de dois anos, mas não coloca, na mesma conta, a inflação do período. Logo, sem manobrar dados, nossos salários deflacionados estão menores.  

Além disso, se policiais gaúchos têm os menores salários do país, a reposição inflacionária, por óbvio, é insuficiente. “Nós queremos um índice salarial imediato e a definição de política salarial que nos dê perspectiva de correção de perdas acumuladas. A matriz não é e não pode ser o único mecanismo”, resume Fábio Castro. 

Enquanto acena com 60 reais para um policial civil, as negociações do governo com procuradores do Estado já superam 8%. São os maiores salários do Poder Executivo e tal índice significa, na prática, mais de 1,5 mil reais de reajuste para quem já se encontra no topo da pirâmide. “Mas é só em abril de 2012”, explicou Pestana. 

Outros assuntos 

As revisões de aposentadoria entre 2004 e julho de 2006 não foram deferidas administrativamente, o que significa manutenção do prejuízo de quem está, há mais tempo, aposentado nos termos de parecer equivocado da PGE. As entidades de classe da Polícia Civil reclamaram, na reunião, correção de todos os casos. Pestana disse que iria verificar o assunto. 

O secretário de Segurança Pública, Airton Michels, que havia previsto encaminhar as listas de promoção até o final de agosto, ampliou o prazo para 15 de setembro. Ele atribuiu a demora ao fato de haver três listas represadas, mas disse que, com a publicação das promoções atrasadas, não deverá haver dificuldades com a promoção de dezembro deste ano.
Fonte:http://www.ugeirm.com.br
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NOTA DO EDITOR: Na mesma linha dos brigadianos, os Policiais Civis reagiram fortemente contra a proposta salarial apresentada pelo governo do PT, pois não repõe nem a inflação acumulada, sendo que o esperado era um ganho real de salário de forma a retirar os policiais gaúchos da condição de terem os piores salários do Brasil.
Esperemos que esta luta tem mais um round na semana que vem...



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