A Justiça Militar condenou ontem o coronel da reserva Nilson Nobre Bueno, ex-comandante-geral da Brigada Militar, a dois anos e meio de prisão por estelionato e falsidade ideológica. Julgado por suposto uso indevido de diárias e por proteger uma aluna-oficial, Bueno pode recorrer.
A decisão foi unânime. O voto da juíza Eliane Soares foi seguido pelos quatro oficiais que participavam do julgamento, que durou das 15h30min às 20h30min. Advogado do oficial, Mathias Nagelstein confia que ele ainda pode ser absolvido:
– Essa decisão de hoje (ontem) é uma experiência jurisdicional. O processo ganha agora uma outra diretriz e agora vamos enfrentar um último momento, decisivo, pois não caberá mais recurso. Daqui para a frente, a acusação não tem mais o que gastar e a defesa tem, ainda, um recurso. Só depois disso é que vamos dizer alguma coisa concreta.
Comandante da corporação entre 2007 e 2008, durante o governo Yeda Crusius, Bueno é acusado de mau uso de diárias em cinco viagens feitas em 2007 entre Porto Alegre e Santo Ângelo. Os créditos somariam R$ 605,57. O coronel disse que devolveu o dinheiro. No entanto, o promotor João Barcelos, da Promotoria de Justiça Militar, considera mais grave o outro crime. O ex-comandante teria arquivado um processo interno que apurava a postura de uma aluna do curso de oficial, mantendo-a na corporação.
– Um laudo aponta que ela não tem condições de ser policial – disse Barcelos.
Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br
**********************************************************************
NOTA DO EDITOR: Realmente há de se entender e relembrar a necessidade de continuarmos defendendo a existência e a importância da Justiça Militar, pois certamente estes desvios, que na Justiça Comum se arrastariam por anos até prescreverem, na JME tem andamento célere e evitam a impunidade, grande motivadora dos desvios de conduta.
E fica a lição: Para comandar a BM é necessário conhecê-la, além é claro de conhecer e seguir as normas e a legislação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário