terça-feira, 6 de março de 2012

Um revés de futuro

Para quem conhece a instituição Brigada Militar, seus valores e suas normas de conduta não tem dúvida que o PL 448/11, recém aprovado na ALRS será prejudicial num futuro bem próximo, pois alterou critérios essenciais para a progressão na carreira dos oficiais de nível superior.
Mais uma vez o PT, partido que historicamente não gosta da Brigada e por consequência, tudo faz para enfraquecê-la como instituição, pôs seus aliados à campo e praticamente patrolou a oposição aprovando ipsis literes o projeto de lei supra citado.  Do episódio resta a lição de que temos que continuar nossa luta identificando aliados e também os inimigos, pois no dia de hoje deputados que outro dia declararam o voto contra o projeto, no dia de hoje votaram em apoio ao governo colaborando decisivamente na sua aprovação.
Em breve teremos a nominata desses deputados para que nas próximas eleições nós também exerçamos nosso direito e busquemos dar o troco na forma democrática do voto.
Não podemos esquecer que projetos desse jaez são gestados em nossas entranhas, pois os políticos  dificilmente tem a preocupação de se imiscuir em detalhes tão peculiares e específicos de nossa carreira, portanto esses projetos tem endereço certo bastando acompanhar as promoções que em breve serão postas e divulgadas.
Muito temos a rever em termos de política, não falo da partidária, pois esta não deve nos interessar, mas da política de gestão institucional, da ética, da moral e dos princípios norteadores de nossas relações, pois projetos como o que foi hoje aprovado só nos enfraquecem e inapelavelmente nos colocam em igualdade de condições com as massas de manobra usualmente usadas pelos partidos mal intencionados.
Apesar de estar na reserva, graças a Deus com o sentimento do dever cumprido, e de não ser atingido diretamente pelas consequências da lei ora aprovada, o sentimento é de perda e impotência frente a inexorável derrota, a qual em breve se mostrará nefasta para a transparência e justiça nas promoções dos oficiais. Fica a torcida para que a desmotivação para o aperfeiçoamento profissional não dê causa a queda da qualidade dos serviços prestados, bem como a debandada dos oficiais preteridos dando vazão ao consequente aparelhamento político dos cargos precocemente vagos, o que ao fim e ao cabo entendo ser o objetivo principal não demonstrado, mas desejado pelo governo ao encaminhar tão nefasto projeto.

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