sábado, 17 de março de 2012

Policiais decidem rejeitar proposta

Agentes civis realizam sua assembleia em frente ao Palácio da Polícia para analisar a oferta do governo<br /><b>Crédito: </b> PEDRO REVILLION
Agentes civis realizam sua assembleia em frente ao Palácio da Polícia para analisar a oferta do governo
Crédito: PEDRO REVILLION
Em assembleia ontem, os agentes da Polícia Civil gaúcha aprovaram paralisação de dois dias, na quarta e na quinta-feira da próxima semana. Centenas de servidores se reuniram no Palácio da Polícia para avaliar a proposta salarial feita pelo governo do Estado em 13 de março. Por unanimidade, a oferta foi recusada. Após o evento, centenas de servidores caminharam até o Palácio Piratini.

Durante a assembleia, a proposta formal do governo chegou às mãos do presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores de Polícia do RS (Ugeirm), Isaac Ortiz. No documento, assinado pela secretária adjunta da Casa Civil, Mari Perusso, está a previsão de um salário de R$ 3.114,33 para um investigador de 1 classe em 2018. Atualmente, ele ganha R$ 1.758,02. Já para os de 2 classe, R$ 3.559,23; de 3 classe, a proposta é de R$ 9.940,64; de 4 classe, R$ 4.321,08; de 5 classe, R$ 4.701,82; de 6, R$ 5.485,80, e para os de 7 classe, R$ 5.939,55.

O governo estadual ofereceu também para os inspetores escrivães de 1 classe, que hoje recebem R$ 2.439,21, um vencimento de R$ 4.874,03. Para os de 2 classe, R$ 4.986,61; de 3 classe, R$ 5.481,30, e de 4 classe, R$ 5.934,10. O salário de comissário é o mais alto e passaria de R$ 4.035,75 pagos hoje para R$ 8.633,26 em 2018. "Queremos uma proporcionalidade em relação ao que foi concedido aos delegados. Reivindicamos um salário inicial de R$ 8,3 mil", disse Ortiz. Para ele, o que é pago hoje aos agentes não condiz com o trabalho, que é de risco. "Estamos lutando pela nossa dignidade", afirmou. Na assembleia, muitos agentes se manifestaram e um só representante se posicionou contra a paralisação. Também foi aprovado, por unanimidade, o fortalecimento da operação "Cumpra-se a Lei", iniciada em fevereiro, em que os agentes não fazem atividades de delegados, como relatórios de inquéritos e oitivas. Ainda foi decidido manter a reivindicação da tabela de salários proposta pelo sindicato e a continuidade da campanha publicitária na mídia. A caminhada do Palácio da Polícia até a Praça da Matriz contou com carro de som, cartazes e bandeiras e foi acompanhada pela EPTC, pelo Grupo de Operações Especiais e pela Polícia Volante. À tarde, o Ugeirm protocolou na Casa Civil o resultado da assembleia.
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NOTA DO EDITOR: Acredito que essa proposta não vai melhorar, pois o governo pelo alega que chegou ao seu limite, visto que enviará os projetos ainda este mês para a Assembléia. Aos servidores policiais restará assimilar o projeto e continuar na luta pelo reconhecimento prometido e mais uma vez não cumprido.
Essa tônica já é antiga vai governo e vem governo, as promessas de campanha são sempre alvissareiras, porém ao se elegerem e assumirem o poder o discurso muda e as promessas são invariavelmente esquecidas.
Os políticos são todos iguais e nós ainda acreditamos!!!

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