quinta-feira, 15 de março de 2012

Presos quatro policiais suspeitos de integrar grupo de extermínio em Alvorada

Um dos crimes ocorreu em julho de 2011 no Bairro Salomé e vitimou quatro pessoas


A Polícia Civil de Alvorada apresentou na tarde desta quinta-feira o desfecho da investigação de uma chacina no dia 13 de julho de 2011. Quatro policiais foram presos temporariamente pelo crime, que vitimou quatro homens no Bairro Salomé, em Alvorada.
Na época, os PMs estavam lotados no Pelotão de Operações Especiais da Brigada Militar de Alvorada. São eles Marcelo Machado Maier, 35 anos, o irmão dele, Márcio Machado Maier, 32 anos, Charles Ávila da Silva, 33 anos, e Fernando de Souza e Silva, 24 anos. Além deles, um comerciante, que teria atraído as vítimas para um bar, também foi preso.
Alvo denunciou tortura
Na noite do crime, Celso Santos da Silva, 45 anos, Marco Aurélio Costa Fraga, 37 anos, Luciano Mayer, 37 anos e Marcelo de Matos Berro, 25 anos, foram executados. Desses, Luciano e Marcelo tinham antecedentes por tráfico. De acordo com o delegado-adjunto da 1ª DP, Wagner Dalcin, o alvo era Luciano, que levou 15 tiros.
– Eles faziam justiça com as próprias mãos. Dois meses antes, eles torturaram o Luciano, que os denunciou à Corregedoria da BM. Foi uma vingança e acabaram matando quem estava junto.
Os homens fariam parte de um grupo de extermínio e são suspeitos de outras mortes. Outros três policiais militares são suspeitos de integrar a facção. Dois dos presos protestaram por reajuste salarial no ano passado. Na manhã de 15 de setembro, eles colocaram um boneco fardado junto a um artefato no viaduto Otávio Rocha, próximo ao Palácio Piratini.
Na coletiva, estavam também o delegado-titular da 1ª DP, Paulo Costa Prado, e o subcorregedor-geral da BM, o tenente-coronel Jairo Oliveira.
– Eles começam a responder a um procedimento administrativo disciplinar, cuja pena pode ser a expulsão. Não há tempo estimado para o procedimento – afirmou Oliveira.
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NOTA DO EDITOR: A nossa instituição tem, ao longo dos últimos anos se transformado muito rapidamente como forma de acompanhar as mudanças sociais e políticas do país. Essas mudanças tem o condão de melhorar e adaptar a BM ao progresso e às necessidades de segurança dos cidadãos, porém como não poderia deixar de ser diferente, em nome da abertura política e da democratização das instituições do estado muito temos perdido de nossa capacidade de fiscalização e controle da execução dos serviços policiais de rua. Mudanças culturais e também das normas legais e regulamentos militares que norteiam nossas ações, sempre no sentido de enfraquecer e retirar o poder de mando dos comandantes e oficiais só tem resultado em atropelos, desvios de conduta graves e crimes inomináveis praticados por servidores militares. O exemplo acima é um retrato do que pode acontecer com uma legislação cada vez mais fraca e permissiva.
Quem viver verá!!!

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