Mais de 600 oficiais, da capital e interior do estado estiveram presentes na assembléia geral da categoria |
Comando da BM presente à assembléia de oficiais |
Pelo que pude perceber o que restou aprovado por quase totalidade dos oficiais presentes na assembléia geral deste sábado, caso não seja encarado com a seriedade necessária pelas autoridades estaduais, certamente desembocará em um longo e penoso processo de desgaste do governo do PT.
A oficialidade está disposta a ir até o limite para conseguir seu objetivo maior que é o alinhamento salarial com as demais carreiras que compõe o sistema de persecução penal do estado, ou seja Judiciário, MP, PGE e Defensoria Pública.
Por ocasião da assembléia o Comandante Geral ocupou a tribuna para levar mensagem do governo aos oficiais, seu discurso foi enfático e alinhado com o governo defendendo proposta semelhante àquela feita aos delegados de polícia.
A proposta foi entregue por escrito, assinada por segundo escalão da Casa Civil, o que causou grande desconforto entre a oficialidade. Em decorrência de não apresentar nenhuma novidade a proposta do governo, de reajuste de 10 % a partir de janeiro, a retomada de negociações em abril de 2012, além da criação de uma comissão BMxCCx AsOfBM, foi rechaçada pela unanimidade dos presentes.
A sensação entre os presentes foi de tentativa de esvaziar o movimento, porém a proposta formal do governo pareceu mais um documento de última hora relatando os investimentos em meios materiais alcançados à BM nos primeiros meses do atual governo. A proposta formal, diga-se de passagem muito mal redigida e concatenada, se constitui em uma tentativa de subestimar a inteligencia dos oficiais, pois os meios materiais alcançados são responsabilidade inalienável e intransferível dos governos, da mesma forma que tais meios são resultantes do orçamento do ano anterior, ou seja o atual governo começará a executar seu planejamento no próximo exercício financeiro.
A assembléia geral dos oficiais da carreira de nível superior da BM decidiu pela rejeição da proposta de reajuste de 10% e exige:
1. Paridade salarial plena com os delegados da Polícia Civil em janeiro de 2012;
2. Início da implantação de paridade salarial com as demais carreiras jurídicas em 2012 perdurando até 2014.
Além dessas decisões, os oficiais definiram linhas de ações de forte repercussão no sentido de pressionar o governo a encarar com responsabilidade as reivindicações salariais da classe e estabelecer em curto prazo o calendário de recuperação salarial da carreira, conforme projeto de lei que deve ser encaminhado ao Palácio Piratini já na semana que inicia.
Decisão de assembléia rejeitou proposta de reajuste do governo do PT |
Nenhum comentário:
Postar um comentário