Os delegados não deram a mínima para a proposta pífia do governo do PT, além de repudiar expediram nota onde reafirmam posição de ir para o enfrentamento para verem atendida sua única reivindicação:uma política salarial que recupere a equiparação entre estes e os procuradores do estado.
Pelo visto vai ser uma luta árdua e se realmente o0s delegados realizarem o que decidiram em assembléia o governo pode começar a se preocupar com a já deficiente segurança de todos os gaúchos.
Por outro lado, em breve, a assembléia dos oficiais da BM pode vir a reforçar as ostes contrárias ao governo do PT, que tenta mais uma vez empurrar com a barriga a decisão de dar condições salariais condignas aos principais gestores da política de segurança do RS.
Na integra a nota oficial da Associação do delegados da Polícia Civil com a decisão da assembléia geral realizada no sábado:
"Os delegados de polícia do Estado do Rio Grande do Sul, reunidos em assembleia geral na sede social da ASDEP, analisando a proposta de reajuste encaminhada pelo Governo do Estado, assim deliberaram, em síntese:
Rejeitar, de forma unânime, a proposta do governo, na medida em que ela não atende a única reivindicação da categoria, que é o retorno do realinhamento remuneratório com os procuradores do Estado.
1. Afirmar que os delegados não abrem mão de receber o mesmo tratamento dispensado pelo Estado às demais carreiras jurídicas do Poder Executivo, nos termos estabelecidos pela Assembleia Nacional Constituinte e consolidado por diversas decisões do Supremo Tribunal Federal, na última das quais, há cerca de um ano, o Pretório Excelso asseverou que 'Firmou-se a jurisprudência da Corte no sentido da obrigatoriedade do tratamento isonômico entre Delegados de Polícia e Procuradores do Estado do Rio Grande do Sul a partir da edição da Lei estadual nº 9.696/92.'
2. Considerar inadmissível que um delegado de polícia perceba como remuneração menos da metade do que um procurador do Estado; e que, mesmo com todas as promoções e vantagens temporais após 35 anos de serviço, um delegado ganhe menos do que um procurador do Estado recém nomeado. Aceitar as ponderações do Governo quanto a dificuldades do erário para o atendimento imediato da reivindicação da categoria, desde que haja o reconhecimento formal do direito ao realinhamento com as demais carreiras jurídicas, através do encaminhamento de projeto de lei concedendo os reajustes necessários, ainda que de forma parcelada, para que aquele direito se concretize.
4. Estranhar, no entanto, que a mesma dificuldade do tesouro não se tenha verificado quando, recentemente, o Governo corrigiu a remuneração dos Procuradores do Estado, aumentando ainda mais o fosso remuneratório entre as duas carreiras, em que pesem os reiterados pedidos de realinhamento encaminhados pela ASDEP.
5. Tomar uma série de medidas, dentro da legalidade, até que se dê o atendimento da reivindicação da categoria, como, por exemplo, não aceitar convites para ministrar aulas e coordenar disciplinas nos cursos de formação da Acadepol; não participar das Operações Verão, Serra e Fronteira; suspender as operações que vêm sendo feitas e que geram a chamada “agenda positiva” para o Governo; colocar os cargos de confiança à disposição, deixando de exercer a função de diretor de departamento ou divisão, delegado regional de polícia ou junto à Secretaria da Segurança Pública; não exceder a carga horária legal (40 horas semanais), gozando as folgas necessárias toda vez que houver convocação para trabalho extraordinário, como sobreavisos e escalas de plantão, entre outras que se mostrarem necessárias, para o que permanecem em Assembleia geral.
6. Foi decidido, finalmente, que a relação da ASDEP com o Governo continuará sendo respeitosa, cordial e transparente.
Porto Alegre, 05 de novembro de 2011.
Wilson Müller Rodrigues, Presidente da ASDEP-RS."
Fonte:www.asdep.com.br
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