segunda-feira, 16 de março de 2015

Piratini diz ao Judiciário que ainda não sabe se irá parcelar salários do serviço público em março

Foi entregue ao Judiciário, no final da tarde desta segunda-feira, o relatório da Secretaria da Fazenda sobre a situação financeira do Estado, atendendo a determinação do desembargador João Barcelos de Souza Júnior. Na última sexta-feira, o magistrado abriu prazo de 72 horas para que o Palácio Piratini informasse detalhes das finanças públicas e revelasse se, de fato, irá parcelar salários dos servidores públicos em março para contornar a crise.
A Fazenda finalizou o relatório, o governador José Ivo Sartori o assinou e o documento foi encaminhado à Procuradoria Geral do Estado (PGE) no início da tarde desta segunda-feira. Coube à PGE dar uma redação jurídica ao material, fazendo a sua entrega formal próximo das 18h desta segunda-feira, horário em que se encerrava o prazo de 72 horas.
O principal nó do imbróglio, a indagação do desembargador sobre a decisão do governo de parcelar ou não os salários, seguirá sem resposta. No relatório, o Piratini apresenta dados sobre a arrecadação nos primeiros 15 dias de março, faz uma projeção para o restante do mês e conclui que, no momento, é impossível bater martelo sobre o atraso no pagamento da folha.
Antes disso, diz o documento, é preciso analisar o comportamento da receita no restante do mês. O Piratini também diz que será fundamental para evitar o escalonamento salarial do serviço público o recebimento de R$ 118 milhões do Fundo de Apoio às Exportações. É um pagamento anual do governo federal aos Estados, mas a sua quitação está atrasada desde janeiro. Se obtiver o valor, o Piratini acredita que não será preciso apelar ao parcelamento.
— É impossível fazer hoje essa previsão, são coisas que mudam cotidianamente. Temos de aguardar a evolução da receita. Agora, nos dias 20, 21, teremos o ingresso do ICMS da indústria, ainda não sabemos como ele virá. Pode ser que evolua alguma coisa de depósito judicial. São coisas que teremos de analisar e que podem facilitar mais ou menos a nossa situação — explicou o secretário da Fazenda, Giovani Feltes.
A determinação de que o Piratini apresentasse um balanço financeiro em 72 horas faz parte da discussão de um mandado de segurança coletivo apresentado pela Associação dos Delegados de Polícia do Estado (Asdep). Os delegados pretendem garantir o direito de receber mensalmente o valor integral do contracheque. O magistrado deverá tomar a decisão depois de receber o relatório financeiro. Outras cinco categorias já obtiveram decisões liminares proibindo o parcelamento de salário: servidores da PGE, Brigada Militar, policiais civis, agentes penitenciários e peritos.
O argumento é de que o atraso fere a Constituição Estadual, além de atingir um direito fundamental de caráter alimentar.
Sartori debateu o assunto com Feltes em reunião na manhã desta segunda-feira. Também houve uma reunião com todo o secretariado, agendada há mais tempo, em que o tema foi superficialmente abordado.
FONTE:http://zh.clicrbs.com.br/
*******************************************
NOTA DO EDITOR: Na verdade o governo do Estado colocou um "imenso bode na sala" para demover as entidades de classe, em especial a dos professores, a reivindicarem reajustes de salários. O caixa do tesouro foi defasado ao limite mínimo no governo do PT, e os recursos de auto financiamento também foram esgotados restando ao governo atual administrar com parcimônia e economizar ao máximo neste inicio de governo de forma a respirar um pouco e, pelo menos pagar o salário de seus funcionários e manter os serviços essenciais. Investimentos nem pensar, pelo menos por agora!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário