Decisão decorre de pedido da Associação dos Delegados de Polícia
O Desembargador João Barcelos de Souza Júnior, do Órgão Especial do TJRS, deu prazo de 72 horas para que o Governador José Ivo Sartori confirme ou descarte o parcelamento dos salários dos servidores Públicos do Estado. Também determinou que, caso seja confirmado o parcelamento, a fazenda deve explicar com números a impossibilidade de pagamento em dia.
A decisão decorre de pedido da Associação dos Delegados de Polícia do RS, que impetrou Mandado de Segurança Coletivo Preventivo para que não haja o parcelamento e que seja assegurado o direito de receber mensalmente, até o último dia útil do mês, a integralidade dos vencimentos.
Informada pela Rádio Guaíba sobre a nova decisão, a secretaria da Fazenda informou a manifestação oficial só vai ocorrer quando a Justiça notificar o Executivo. O secretário da Fazenda, Giovani Feltes, adiantou, no entanto, que vai prestar todas as informações necessárias ao desembargador.
O governo do Estado ainda prepara uma apresentação à sociedade com números comparativos de administrações anteriores para explicar os motivos da crise financeira.
Postal diz que Justiça não impedirá atraso no pagamento de servidores
Líder do governo acredita que relator pode reverter decisão liminar sobre salários
O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Alexandre Postal (PMDB), afirmou nesta quinta-feira que o atraso dos salários do funcionalismo irá se confirmar nos próximos meses independentemente de decisões judiciais. O deputado se refere à liminar concedida na quarta-feita a sindicatos de servidores da Brigada Militar, Polícia Civil, Susepe e Instituto Geral de Perícias pelo desembargador do Órgão Especial Jorge Luís Dall’Agnol, que determina o pagamento em dia dos salários dos servidores. Segundo Postal, a liminar expedida pelo Tribunal de Justiça não terá valor caso o Estado não reúna os recursos necessários para honrar a folha de pagamento. “Se tiver dinheiro, paga, se não tiver, não paga. Todos os milagres já foram feitos”, declarou.
Segundo o desembargador Túlio Martins, do Tribunal de Justiça, qualquer liminar pode ser revertida, bastando apenas o entendimento do relator. “Além do recurso, chamado agravo regimental, pode ser feito um pedido ao relator com a apresentação de algum fato”, disse Martins. A alternativa do Piratini pode ser a exposição das contas da Secretaria da Fazenda para comprovar a falta de recursos para o pagamento dos salários dos servidores. Martins afirma que não há crise entre os poderes. “O Judiciário trabalha na mesma direção do Legislativo e do Executivo. Não há conflito entre os poderes”, enfatizou. Preocupadas com os desdobramentos da ação, outras cinco entidades buscaram a via judicial para tentar garantir o pagamento dos vencimentos em dia. Entre elas a Federação dos Servidores Públicos do RS (Fessergs) e o Cpers.
Em sinal de aproximação com o Judiciário, o governador José Ivo Sartori, acompanhado do núcleo de seu governo, visitou na quarta-feira, data da concessão da liminar, o presidente do TJ, desembargador José Aquino Flôres de Camargo. O deputado de oposição Valdeci Oliveira (PT) cobrou ações de Sartori. “O governador está enclausurado no Piratini. É preciso ser claro e parar de fazer esse jogo de cena com os servidores, que a cada dia têm uma notícia diferente sobre seus salários”, disse o petista.
Fonte:Rádio Guaíba
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NOTA DO EDITOR: Depois que o Sec. da Fazenda declarou que se não tiver dinheiro vai descumprir a ordem da justiça, nada mais natural que o líder do governo na ALRS venha a público dizer a mesma coisa com outras palavras. Em síntese: o funcionalismo que se lixe, continue trabalhando normalmente e se contente com o salário parcelado. Tudo isso é fruto de gestões equivocadas, que ao longo do tempo promoveu uma crise profunda nas finanças do estado, o que hoje inviabiliza investimentos e coloca o poder público num processo de estagnação tal que não vemos futuro para um estado rico como o RS. Necessárias, se fazem, iniciativas criativas e modernizadoras, pois só dessa forma vai se quebrar esse circulo vicioso de crise em cima de crise, mas para isso o governo tem que tomar iniciativas sair do estado de inanição, em que se encontra e propor medidas para suplantar essa crise de governo. Afinal não resta nenhuma dúvida, o nosso estado é rico, e em crise está o governo, que arrecada mal e gasta e investe mais mal ainda.
NOTA DO EDITOR: Depois que o Sec. da Fazenda declarou que se não tiver dinheiro vai descumprir a ordem da justiça, nada mais natural que o líder do governo na ALRS venha a público dizer a mesma coisa com outras palavras. Em síntese: o funcionalismo que se lixe, continue trabalhando normalmente e se contente com o salário parcelado. Tudo isso é fruto de gestões equivocadas, que ao longo do tempo promoveu uma crise profunda nas finanças do estado, o que hoje inviabiliza investimentos e coloca o poder público num processo de estagnação tal que não vemos futuro para um estado rico como o RS. Necessárias, se fazem, iniciativas criativas e modernizadoras, pois só dessa forma vai se quebrar esse circulo vicioso de crise em cima de crise, mas para isso o governo tem que tomar iniciativas sair do estado de inanição, em que se encontra e propor medidas para suplantar essa crise de governo. Afinal não resta nenhuma dúvida, o nosso estado é rico, e em crise está o governo, que arrecada mal e gasta e investe mais mal ainda.
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