Pipocam pelo país greves envolvendo policiais e bombeiros militares em busca de dignidade salarial.
São profissionais que, aos moldes dos professores e agentes da saúde, historicamente tem sido remunerados de forma aviltante em comparação com a importância de suas nobres missões.
Em uma sociedade moderna e vanguardista estes profissionais são remunerados de forma condigna, o que está longe de acontecer aqui na nossa republica das bananas/dos bananas.
No caso dos policiais, que é o que interessa, há muitos anos é ininterrupta a negociação em busca de salários mais realistas, porém sucessivos governos, independente de tendências ideológicas, se sucedem e se superam em medidas paliativas, as quais invariavelmente empurram o problema para a frente com a alegação de dificuldade de caixa para remunerar de forma digna os policiais.
Num pequeno exercício mental, sem muito esforço, podemos relembrar projetos de vários governos nos últimos 30 anos: o governo Jair até hoje é ovacionado pelo tratamento salarial modelar, o governo Colares, ao conceder a isonomia salarial ao delegados e oficiais provocou grave embate interno nas instituições, o governo Simon ao não conceder os reajustes inflacionários produziu um achatamento salarial que tem seus efeitos até hoje sentido, o governo Britto prometeu bem mais do que cumpriu e criou um passivo trabalhista nunca antes visto e que produz efeitos até os dias de hoje. No governo Olívio, como não poderia ser diferente, se recuperou o salário dos níveis mais baixos, numa falaciosa e demagógica opção pelos menos aquinhoados. No governo Rigotto gestou-se a tal matriz salarial, que deu em nada, pois se limita a distribuir o saldo positivo da receita líquida do ano anterior, a qual sempre teve resultado pífio.O governo Yeda, por sua vez estabeleceu reajuste a todas as faixas salariais, porém estabeleceu um luta interna nas instituições por conta da falta de diálogo e clareza na divulgação das medidas de reajuste adotadas.
Resumidamente o histórico é de muito discurso e pouca prática, e ano após ano o salário dos policiais tem se desgastado não deixando opção: aos que são honestos, diga-se de passagem, a maioria, a fadiga do BICO, aos de caráter duvidoso a corrupção, em comum, paulatinamente, a deterioração dos serviços prestados à população.
Por seu lado, os governos, por inércia colaboram ativamente para as quarteladas, pois dão vazão a projetos mirabolantes como a tal PEC 300, que vem sendo uma panacéia alimentada por políticos inescrupulosos que nunca tiveram a real intenção de aprová-la, pois se reveste de inconstitucionalidade a toda prova.
Agora, quando a corda rebenta, buscam culpados, cabeças tem que rolar, greve é inconstitucional, segundo o STF do alto de seus salários corrigidos pelo teto. Quem defende os policiais e suas famílias? Todos querem segurança e dever de policial é estar na rua!!! O carnaval tem que sair, não pode ser cancelado, afinal é a alegria nacional!!! Prendam os policiais!!! Coloquem o exército na rua!!! Anistia e indenizações milionárias: só para os terroristas da terra brasilis e para o Cesare Batisti!!!
Socorro chamem o ladrão!!!
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