segunda-feira, 25 de abril de 2011

68% reprovam venda de armas

Pesquisa revela que quase sete em cada dez curitibanos defendem a realização de um novo referendo sobre o desarmamento no país
(Gilberto Abelha/Jornal de Londrina)

Se dependesse exclusivamente dos curitibanos, o Brasil teria um novo referendo sobre o comércio de armas de fogo. Segundo levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, feito com exclusividade para a Gazeta do Povo, 67% dos entrevistados são favoráveis a um novo debate para discutir o desarmamento no país e 68% acham que a comercialização deve ser proibida. A opinião é completamente oposta ao resultado da consulta popular feita em 2005, quando 73% dos votantes no estado foram contrários ao desarmamento. A mudança de posicionamento, segundo especialistas, sofre influência da chacina ocorrida em Realengo, no Rio de Janeiro, no último dia 7.
O assunto foi colocado novamente em pauta em Brasília após a morte de 12 estudantes da Escola Tasso da Silveira. O presidente do Senado, José Sarney, defendeu abertamente a revogação do atual Estatuto do Desar­­mamento e o lançamento de um novo referendo no país.
Para pensar

Veja os principais argumentos a favor e contra o desarmamento no Brasil:

3 razões para ser contra
- Não há relação imediata entre o número de armas e a criminalidade. A Suíça tem um grande porcentual de cidadãos armados e um dos menores índices de homicídios do mundo.
- O poder público tem uma enorme dificuldade de fiscalizar as armas de fogo no país. Proibir a venda legal não significa que elas deixarão de circular no mercado ilegal.
- O alto número de homicídios no Brasil não será resolvido apenas com a restrição da circulação de armas. A segurança pública exige também melhora do aparato policial, do sistema prisional e do Judiciário.

3 razões para ser a favor
- Armar a população não resolve a questão da segurança pública, que tem como causa primeira, segundo alguns especialistas, a desigualdade social. O governo deveria investir em políticas que promovam a cultura de paz e justiça social, como saúde, educação e emprego.
- O Brasil fabrica todos os dias 2,8 mil armas de cano curto, como pistola e revólver. As armas responsáveis pelos homicídios não são estrangeiras, mas fabricadas aqui. Dos 17 milhões de armas existentes, 9,5 milhões são ilegais.
- Ter o porte de arma traz uma falsa sensação de segurança. Normalmente o criminoso é mais preparado para utilizar esse tipo de equipamento.


OPINIÃO DO EDITOR

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É brincadeira, mais uma vez a tentativa de enganar a população brasileira, diante de um fato concreto de ampla repercussão na mídia, a tragédia perpetada por um maluco no Realengo serve de pano de fundo para os politiqueiros oportunistas tentarem colocar goela abaixo a proibição do uso de arma de fogo pelo cidadão de bem. Não tenho dúvida que o desarmado será o cidadão comum, pois o marginal certamente continuará cada vez mais armado tendo em vista que o armamento é seu meio de sobrevivência.
Apenas o desarmamento civil não vai influenciar nos índices de criminalidade, políticas sociais, educação, emprego, polícia mais eficiente, bem paga e equipada, sistema prisional estruturado, judiciário célere, entre outras, são medidas capazes de influenciar positivamente a redução de índices de criminalidade e violência.
O resto é balela, casuísmo e politicagem!!! 

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