segunda-feira, 2 de abril de 2012

Sobre a Redentora



Tenho uma posição muito particular sobre a Revolução de 31 de março de 1964, da qual  não abro mão: foi uma guerra com vencidos e vencedores. Como toda guerra os que dela participaram, por conveniência, convicção ou até por imbecilidade assumiram os riscos inerentes a sua ação. Os revolucionários da época, hoje em funções de alta responsabilidade nos variados escalões da nossa república não podem tentar induzir a erro, nem tão pouco como massa de manobra àqueles que por desconhecimento ou ignorância não são sabedores do que realmente aconteceu naqueles idos da década de 60 até 85. Foi uma época de mudanças políticas significativas:  a guerra fria e a tentativa de implantação de um bloco comunista na América do Sul, com apoio da URSS e Cuba. Foi um período de busca por um regime totalitário de esquerda no Brasil, o qual foi rechaçado pelos militares com apoio dos EUA e da população civil, pois nosso país historicamente não tem o viés do totalitarismo. Para buscar seus objetivos os revolucionários pegaram em armas, assaltaram, sequestraram, assassinaram e se envolveram em inúmeras atividades à margem da lei. Por seu lado os vencedores ( militares) fizeram valer sua vontade através da força e seguiu-se um regime de exceção, no meu entendimento longo demais, período este onde foram cometidos abusos, tanto quanto o fora pelos revolucionários. A partir da abertura do regime uma anistia foi aprovada, onde se estabeleceu o perdão para ambos os lados, porém ao longo dos últimos anos o que vemos: tentativas de reabrir inquéritos, revolver o passado e recontar a história, com uma única versão: a dos derrotados. Em nome da confirmação da sua verdade, os atuais governantes,  revolucionários de ontem, tentam de todas as maneiras, inclusive com a omissão da própria verdade, manipular a opinião pública menos esclarecida na busca de apoio para a vendeta, condenada e sonegada inclusive pelo mais altos tribunais do Brasil.
Para atingir seus propósitos não se constrangem em fazer uso da grande mídia, dos estudantes, de partidos políticos nanicos e grandes sindicatos, todos historicamente comprometidos com a esquerda radical e com o PT. Lamentável que tentem enganar, soneguem informações e desrespeitem a lei, pois são práticas não condizentes com sua propalada inspiração democrática.
Essas tentativas de revolver o passado em nome de uma vendeta sem justificativa desviam a atenção da população dos escândalos e mensalões envolvendo governadores, ministros, deputados, senadores, altos assessores do governo, tudo com o beneplácito da grande mídia vermelha.
O que menos interessa é a verdade, pois esta neste caso terá sempre três versões: a dos vencedores, a dos vencidos e a verdade verdadeira!!!

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