sábado, 21 de abril de 2012
Enfim o projeto!!!
Ao examinar o projeto de reestruturação salarial dos Oficiais da Carreira de Nível Superior ( Coronel, Tenente Coronel, Major e Capitão) me parece que é um avanço que deverá ser bem recebido pelos Oficiais, pois apesar de não estabelecer a isonomia pura e simples com as demais carreiras jurídicas, inclusive porque isso é ilegal, estabelece uma projeção de reajustes ao longo do tempo ( 2013 à 2018) que diante da realidade atual não pode ser desprezado. Creio que devemos encarar esse projeto como a arrancada de um processo de reconhecimento, tanto profissional, como salarial que se estancará somente no momento que conseguirmos nosso objetivo: igualar nosso salário às demais carreiras de nível superior do Estado. Diante da posição dos mais precavidos, como eu, que tem certa restrição à remuneração por subsídio, em vista de que este pode se configurar em uma forma de congelar os nossos salários bastando para isso não reajustá-lo em um determinado período, me senti aliviado ao verificar que o projeto de restruturação ora apresentado preserva as vantagens temporais(triênios e adicionais), desta forma impossibilitando o puro e simples congelamento dos nossos vencimentos. Esta preocupação é relevante na medida que em data bem recente tivemos (os Oficiais Superiores) que amargar mais de 15 anos sem um único percentual de reajuste, o que nos impôs achatamento salarial sem precedentes e nos colocou em situação vexatória frente às nossas famílias e sociedade, sendo que se não fossem os avanços estabelecidos pelo tempo de serviço a situação teria se tornado insuportável. Se o governo do PT realmente levar à termo a política salarial ora proposta aos integrantes da BM estará resgatando, pelo menos em parte, a dignidade dos servidores públicos que mais se identificam e se comprometem com todos os governos, desta forma prestando um reconhecimento expresso que há muito tempo deveria ter se concretizado. Inegável que os servidores militares estaduais se configuram em guardiões perpétuos do povo gaúcho, pois independente de tempo e espaço estão sempre ao dispor da população nas 24 horas do dia e nos mais longínquos recantos deste estado, e, o que é mais importante exercendo suas atribuições COM O RISCO DA PRÓPRIA VIDA, o que por si só merece um tratamento diferenciado em relação às demais carreiras do serviço público. Uma polícia melhor remunerada certamente não terá o condão de resolver as mazelas da segurança pública num passe de mágica, pois estas não se esgotam nas atividades policiais, porém com certeza melhores condições de trabalho e salário condizente são variáveis importantes no processo permanente que busca melhorias na área de segurança pública do nosso Estado. Portanto resta aguardar o encaminhamento dos projetos e virar esta página com a certeza de que a luta deve continuar, pois os brigadianos merecem ser reconhecidos como profissionais, através de salário e condições de trabalho condizentes com a importância de sua missão para o progresso do nosso Estado.
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Braga, esqueceste um detalhe muito importante na tua análise. O Capitão,que há vinte anos aguarda a equiparação com os delegados de 1ª classe,novamente será o grande prejudicado.Todos sabem que um Capitão ingressa SEM VANTAGENS TEMPORAIS, as quais só se tornam significativas após a metade da carreira.Se olhares os dois projetos, a diferença salarial entre o Capitão e o Delegado de 1ª VAI AUMENTAR, ao invés de diminuir. Em 2018, um delegado ingressará ganhando R$ 17.581,00, enquanto o capitão ganhará R$ 10.937,17. Resta saber com a AsOfBM permitiu tal situação, tendo em vista que havia assumido um compromisso com os capitães.Por isso, ainda acho que os subsídios são mais justos para todos. Abraços.
ResponderExcluirEsqueci de dizer no comentário anterior que esta proposta, a princípio aceita pela AsOfBM, ensejou ao Governo oferecer ao nível médio o ATRELAMENTO salarial com a nossa carreira de nível superior, algo que não ocorre com as demais carreiras do Estado. Isto pode sepultar futuras isonomias que possamos reivindicar.
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