terça-feira, 9 de outubro de 2012

Suspeitos de assaltar médica em frente à Redenção se entregam à polícia

Após o fim do prazo da lei eleitoral, os dois suspeitos de tentar assaltar uma médica na Capital na semana passada foram presos por volta das 17h desta terça-feira ao se entregarem para a polícia. No dia 2, a pediatra Simone Teixeira Napoleão, 49 anos, foi baleada em frente ao Parque Farroupilha (Redenção).

Eduardo Paulon Madruga, 21 anos, e José Lucas Peixoto Mesquita, 18 anos, foram soltos no dia seguinte ao crime após o juiz plantonista Mauro Caum Gonçalves negar a prisão preventiva da dupla por tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte). A decisão foi criticada duramente pelo Ministério Público Estadual.

Por volta das 16h40min, o pai de Madruga telefonou para o major Leandro Luz, da seção de inteligência do Comando de Polícia Ostensiva da Capital (CPC) informando que filho e o amigo estavam à disposição da polícia. A prisão foi efetuada às 17h10min na Rua Antônio João Brugnera, no bairro Santa Tereza, Zona Sul.

A dupla foi encaminhada para o Palácio da Polícia e deve ser encaminhada nesta noite ao Presídio Central de Porto Alegre.

De acordo com a lei eleitoral, Madruga não poderia ser preso até hoje às 17h. As exceções são para casos de flagrante delito ou sentença criminal condenatória por crime inafiançável e desrespeito a salvo-conduto. A medida, que entrou em vigor na mesma terça-feira em que a médica foi baleada, tinha validade de uma semana e se encerrou hoje.

O assalto
Por volta das 17h de terça-feira, após sair de uma pet shop localizada na Avenida José Bonifácio, entre a Travessa Paz e a Rua Santana, no bairro Farroupilha, com sua duas cadelas Yorkshire, a pediatra Simone Teixeira Napoleão, 49 anos, foi abordada por dois homens quando chegava em seu carro, um March, que estava estacionado a poucos metros do estabelecimento. Um vendedor, que estava na entrada do prédio em frente, assistiu à cena e tentou acudir a vítima na companhia do porteiro.

— Eles tentaram tirar a bolsa dela, e nós gritamos: "Deixa, deixa ela". Quando os assaltantes nos viram, disseram: "Queima eles" — relatou Fabio Rodrigues, 31 anos.

Assustados, os dois voltaram para o edifício, localizado no número 213, quando um dos criminosos disparou um tiro que atingiu o vidro do portão. A médica tentou entrar no prédio, mas não conseguiu, e foi novamente abordada pelos assaltantes. Um tiro foi efetuado contra a pediatra e atingiu o seu quadril. A polícia trata o caso como roubo de carro.

Dono da pet shop onde a pediatra buscou os animais de estimação, o empresário Adilson Zanatta, 45 anos, auxiliou a cliente logo após a tentativa de assalto. Segundo ele, a pediatra teria tentado argumentar com os criminosos para deixar os cães a salvo quando foi baleada.
Horas após o crime, a prisão

Rapidamente, a BM chegou ao local, e os ladrões fugiram com a reação dos pedestres e moradores. Após buscas, um deles, Eduardo Paulon Madruga, 21 anos, foi preso nas redondezas pelo Batalhão de Operações Especiais (BOE), que atuou em parceria com o 9º Batalhão de Polícia Militar.

Com informações dadas por Madruga, a BM encontrou por volta das 21h, o segundo suspeito de participar da ação. José Lucas Peixoto Mesquita, 18 anos, estava em casa, na Rua Antônio João Brugnera, no bairro Santa Tereza. Os suspeitos foram levados à 2ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (2ª DPPA). 

A hipótese levantada por moradores da redondeza de que o tiro que atingiu a médica pudesse ter sido disparado por um alguém que tentava acertar os bandidos foi descartada pela polícia:

— Esta hipótese não existe. Ela foi alvejada por um tiro executado pelo criminoso que foi preso — disse a delegada Liliane Pasternak Kramm, da 2ª DPPA de Porto Alegre.
Fonte:http://zerohora.clicrbs.com.br
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NOTA DO EDITOR: Enfim justiça feita, após as repercussões amplamente negativas ante a decisão equivocada do magistrado que ignorou a periculosidade dos criminosos e o interesse público, em nome de um garantismo e formalismo completamente fora da realidade das ruas e dos fatos narrados e comprovados nos autos da Prisão em Flagrante.
Esperemos que a Corregedoria do TJRS, sempre ciosa de suas funções, em breve divulgue as medidas adotadas para responsabilizar o autor da falha e as providências para que não mais ocorram.

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