segunda-feira, 8 de outubro de 2012

BM admite conduta exagerada e promete avaliar individualmente policiais envolvidos em confusão na Capital


Brigada Militar (BM) admitiu, nesta segunda-feira, a conduta exagerada dos policiais na confusão com manifestantes que depredaram o mascote da Copa do Mundo no final da noite de quinta-feira no Largo Glênio Peres, no centro de Porto Alegre. O chefe do Comando de Polícia Ostensiva da Capital (CPC), coronel Alfeu Freitas, promete analisar o comportamento individual de cada agente para, possivelmente, responsabilizá-lo disciplinar ou criminalmente.
— Eu não digo excesso, mas houve algumas condutas que fogem da técnica policial militar para situações semelhantes e isso nós vamos apurar, vamos apurar estes erros cometidos — garantiu o comandante.
Presente no Largo Glênio Peres logo após o início do confronto, Alfeu Freitas fez um mea culpa e explicou como deve ser a atuação da polícia em eventos de comoção da sociedade.
— Todas as atitudes que foram tomadas sem a intenção de prender alguém estão erradas. A pessoa só deve ser presa após ter feito uma ação criminosa ou irregular, como atirar pedras, causar dano ao patrimônio público ou depredar viaturas. Quando o policial vê uma atitude assim, deve ir atrás da pessoa para prendê-la. O policial só deve agir de maneira mais forte se houver uma agressão injusta e iminente. Esta é a técnica policial para situações de conflito — afirmou.
Em entrevista na sexta-feira, o comandante-geral da BM, Sérgio Roberto de Abreu, não admitiu erro na postura dos policiais. Ele considerou correta toda postura dos policiais e defendeu a ideia de que não poderiam ser pinçadas ações isoladas dentro de um cenário mais amplo.
— Não dá para pegar uma coisa aqui e outra ali. Existe um contexto. Choveu paralelepípedo — afirmou o comandante-geral na data.
Cerca de 200 agentes participarão de uma aula de reciclagem a partir da semana que vem no Batalhão de Operações Especiais, em Porto Alegre. A expectativa da BM é de que até o final do mês quase todos os policias tenham participado do curso. Segundo o coronel, a ideia principal do curso é lembrar os policiais sobre o que "pode e o que deve ser tolerado dentro de uma manifestação".
— No curso, vai ser feito um estudo de caso, vamos mostrar o que saiu errado, além de questões práticas, como exercícios práticos sobre situações como esta que ocorreu no Largo Glênio Peres — explicou o comandante.

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NOTA DO EDITOR: E agora? O Comandante Geral foi enfático: - "a postura do policiais num contexto geral foi correta". Declarou sem reservas em entrevista à imprensa. Já o Comandante do CPC vem com outra versão: a de que alguns policiais agiram fora da técnica até beirando o abuso. Pois bem essa lenga-lenga toda deixa a impressão de um descompasso preocupante, pois se o narrado pela imprensa é real um subordinado está praticamente desautorizando o mais alto Comando da corporação. Em outros tempos uma situação destas custaria o comando, mas os tempos são outros. De outra banda o acontecido pode ser reflexo do hiato criado pela proximidade de troca de comando, pois nesses períodos os espaços são disputados palmo a palmo e ocupados de forma a se estar sempre em evidência e não passar despercebido em uma eventual escolha para as funções de maior relevância. A ação policial, pelo que se observou nas gravações amplamente divulgadas pela imprensa e no entendimento de inúmeros técnicos na área da segurança, se mostrou adequada, pois os desocupados que deram origem ao enfrentamento o fizeram de forma premeditada e violenta e à força pública nada restou a fazer que não fosse o emprego dos meios que dispunha para restabelecer a ordem e a tranquilidade pública. Aliás é para isso que existe a polícia, o resto é especulação, politicagem e resquícios de  má vontade de esquerdistas radicais com o cumprimento de leis e normas de convivência civilizadas.
Por fim creio que se o Comandante Geral tinha emitido seu entendimento acerca do ocorrido, os demais comandantes perderam a chance de ficar silentes, pois nesses casos o mais adequado é adotar as medidas de praxe e  competência e aguardar as soluções dos procedimentos legais, pois assim sempre foi feito e é o mais adequado. 

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