PREVIDÊNCIA
Encargo dos servidores aumenta
Depois de derrota na Justiça no ano passado, o governo Tarso conseguiu
apoio dos deputados ontem para ampliar alíquota
A hostilidade dos sindicalistas que tomaram as galerias da Assembleia e três defecções na base aliada não impediram o Piratini de aprovar ontem, com 29 votos favoráveis e 24 contrários, o projeto que eleva a alíquota previdenciária dos servidores de 11% para 13,25%. A majoração irá garantir acréscimo anual de R$ 200 milhões nos cofres do governo Tarso Genro, cifra que não faz frente ao déficit de mais de R$ 5 bilhões do sistema.
A alíquota só começará a ser cobrada 90 dias após o governador sancionar o projeto. Chamado de “tarifaço”, o reajuste foi alvo de vaias de servidores que acompanhavam a sessão. Juliana Brizola (PDT), Catarina Paladini (PSB) e Marcelo Moraes (PTB), todos governistas, votaram contra o Piratini. Líder do governo na Assembleia, Valdeci Oliveira (PT) tentou defender a proposta na tribuna ao dizer que se tratava de medida para proteger a previdência pública:
– Temos de enfrentar um déficit anual que é coberto com recursos que são retirados do povo.
O parlamentar buscava fustigar a oposição ao dizer que os governos anteriores “nada fizeram” para equacionar a situação caótica da previdência. Mas o petista, único escalado para discursar pelo governo, não conseguia desenvolver o discurso. A todo momento era interrompido por gritos de “traidor”.
A oposição focou críticas no “caráter arrecadatório” do projeto. Como os R$ 200 milhões não resolvem o problema, os parlamentares diziam que se trata de medida para fazer caixa.
– Esse programa de governo, no qual vocês (servidores) acreditaram, não está sendo respeitado – atacou Zilá Breitenbach (PSDB).
As bancadas de oposição voltaram a dizer que a proposta é inconstitucional. Em 2011, a elevação de alíquota para 14% fora aprovada e, depois, derrubada pelo Judiciário sob o argumento de que havia caráter confiscatório e quebra de isonomia, já que o texto estabelecia descontos mais altos somente para os maiores salários.
O Piratini acredita ter corrigido os problemas ao elevar a cobrança a um patamar aceito em decisões do STF. No entanto, Juliana Brizola justificou o seu voto contrário por considerar a matéria inconstitucional. Contabilizando o Imposto de Renda, os servidores terão de devolver cerca de 43,85% dos salários para quitar contribuições e impostos, o que configuraria o confisco.
A alíquota só começará a ser cobrada 90 dias após o governador sancionar o projeto. Chamado de “tarifaço”, o reajuste foi alvo de vaias de servidores que acompanhavam a sessão. Juliana Brizola (PDT), Catarina Paladini (PSB) e Marcelo Moraes (PTB), todos governistas, votaram contra o Piratini. Líder do governo na Assembleia, Valdeci Oliveira (PT) tentou defender a proposta na tribuna ao dizer que se tratava de medida para proteger a previdência pública:
– Temos de enfrentar um déficit anual que é coberto com recursos que são retirados do povo.
O parlamentar buscava fustigar a oposição ao dizer que os governos anteriores “nada fizeram” para equacionar a situação caótica da previdência. Mas o petista, único escalado para discursar pelo governo, não conseguia desenvolver o discurso. A todo momento era interrompido por gritos de “traidor”.
A oposição focou críticas no “caráter arrecadatório” do projeto. Como os R$ 200 milhões não resolvem o problema, os parlamentares diziam que se trata de medida para fazer caixa.
– Esse programa de governo, no qual vocês (servidores) acreditaram, não está sendo respeitado – atacou Zilá Breitenbach (PSDB).
As bancadas de oposição voltaram a dizer que a proposta é inconstitucional. Em 2011, a elevação de alíquota para 14% fora aprovada e, depois, derrubada pelo Judiciário sob o argumento de que havia caráter confiscatório e quebra de isonomia, já que o texto estabelecia descontos mais altos somente para os maiores salários.
O Piratini acredita ter corrigido os problemas ao elevar a cobrança a um patamar aceito em decisões do STF. No entanto, Juliana Brizola justificou o seu voto contrário por considerar a matéria inconstitucional. Contabilizando o Imposto de Renda, os servidores terão de devolver cerca de 43,85% dos salários para quitar contribuições e impostos, o que configuraria o confisco.
No Link avaliação e nominata dos Deputados e seus votos: Previdência em FOCO
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Previdência: Piratini aprova novo índice
Alíquota descontada dos servidores públicos estaduais sobe para 13,25%
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Tensão pré-votação
Foi tenso o clima na votação do projeto de reajuste da contribuição previdenciária. Um dos momentos de maior atrito ocorreu durante discussão entre Frederico Antunes, que havia lido na tribuna manifestação antiga de Adão Villaverde sobre a previdência, e Raul Pont, que, ao defender o colega, usou palavras de baixo calão. Em seguida, Pont foi chamado de traidor por manifestante que estava nas galerias. Em tempo: apesar de ter sido aprovado, a tímida defesa do projeto, na tribuna, indica que aliados não têm a mesma convicção do governo sobre a necessidade de elevação da alíquota.
Foi tenso o clima na votação do projeto de reajuste da contribuição previdenciária. Um dos momentos de maior atrito ocorreu durante discussão entre Frederico Antunes, que havia lido na tribuna manifestação antiga de Adão Villaverde sobre a previdência, e Raul Pont, que, ao defender o colega, usou palavras de baixo calão. Em seguida, Pont foi chamado de traidor por manifestante que estava nas galerias. Em tempo: apesar de ter sido aprovado, a tímida defesa do projeto, na tribuna, indica que aliados não têm a mesma convicção do governo sobre a necessidade de elevação da alíquota.
Fonte: http://www.correiodopovo.com.br - Coluna da Taline Oppitz
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IPE está seguro da constitucionalidade
O chefe de gabinete da presidência do Instituto de Previdência do Estado (IPE), Cassius Rosa, declarou ontem que a posição da direção do IPE é favorável à nova alíquota da Previdência, por ajudar na reestruturação das contas previdenciárias. "Temos convicção que estamos no caminho certo e estamos juridicamente seguros de que 13,25% é um índice constitucional", afirmou Rosa. Segundo ele, o déficit da previdência chega a R$ 5 bilhões por ano.
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Servidores prometem ir à Justiça
O presidente da Associação dos Juízes do RS, Pio Giovani Dresch, contestou ontem a argumentação utilizada pelo Piratini para sustentar em plenário o projeto de Previdência. "Querer taxar os servidores para tapar o rombo da Previdência é injusto com esta geração", afirmou. O vice-presidente da União Gaúcha em Defesa da Previdência Pública, Celso Malhani de Souza, afirmou que o reajuste na alíquota da previdência aprovado pelos parlamentares gaúchos tem caráter meramente arrecadatório. "Isto representa um confisco no contracheque dos servidores", disse.
Segundo ele, a mudança do índice se trata de uma estratégia errada do Piratini. "É um grande equívoco do governo do Estado adotar esta estratégia para resolver a questão da previdência", declarou. Souza fez questão de deixar claro que não existe rombo na Previdência. "É um compromisso pelo Estado nos últimos 70 anos", rebateu. Luis Antonio Bins, presidente do Sindifisco RS, confirmou para hoje o início das reuniões para definir o ingresso de ações na Justiça. "Não há cálculo atuarial, é confiscatório e inconstitucional", argumentou. Três governistas votaram contra
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