terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Previdência: novo plano terá resistências

Servidores preparam campanha e dizem que governo joga com propostas




O governo do Estado terá um longo caminho a percorrer para instituir o regime de previdência complementar para os servidores estaduais, como defendem o governador Tarso Genro (PT), membros do primeiro escalão e deputados (aliados e de oposição). As principais resistências virão dos próprios servidores estaduais. Eles já começaram a se articular para divulgar que o governo lançou o primeiro pacote da previdência no ano passado apenas para que ele fosse "derrubado" juridicamente e a previdência complementar voltasse à pauta.

"Caso o governo insista em enviar o projeto da previdência complementar, nossas suspeitas de que essa era a ideia desde o início estarão se confirmando. E o Executivo vai precisar enfrentar algumas situações porque há precedentes, no Brasil e em outros países, nos quais o sistema quebrou ou o dinheiro do fundo sumiu", diz o presidente da Ajuris e da União Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Pública (UG), João Ricardo dos Santos Costa.

"Isso não tem lógica. Nenhum governo passaria por todo o desgaste político gerado pelos projetos do ano passado com a finalidade de que eles fossem substituídos por outros, que também geram desgaste. Apresentamos os primeiros projetos com base no conceito de Justiça", afirmou ontem o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana.

O governador Tarso Genro (PT), que nesta semana recebe os resultados das primeiras simulações sobre a formatação do novo projeto, defende o regime de previdência complementar como uma boa alternativa para que seja alcançado o equilíbrio entre funcionários da ativa e aposentados. O governo também argumenta que o regime estanca o déficit (hoje de R$ 5,2 bilhões) a longo prazo. Além disso, o projeto está previsto no programa de governo. "Temos compromisso com a manutenção da Previdência Pública, o fortalecimento do IPE e a criação de um fundo público de previdência complementar no Estado a partir de amplo debate com os servidores e demais poderes", informa o plano.
Fonte:
http://www.correiodopovo.com.br
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NOTA DO EDITOR: Vem nova onda do governo do PT, o qual por incomPeTência absoluta, diga-se de passagem respaldada pela maioria massiva dos deputados estaduais, nossos valorosos representantes, aprovou um projeto que todos sabiam inconstitucional, foi derrotado no Tribunal e agora tenta emplacar novo achaque contra os servidores públicos.
Continuo defendendo uma auditoria na previdência do estado para levantar dados confiáveis que demonstrem quem realmente falhou e deu causa a essa crise previdenciária alegada pelo governo, uma coisa me parece clara: não foram os servidores públicos que deram causa à crise, pois estes cumpriram religiosamente com seu quinhão, visto que é compulsório o desconto, já os governos historicamente não cumpriram sua parte e deram destino desconhecido aos recursos da previdência.
 Mais uma batalha se avizinha e as regras já estão postas, pois os deputados da base vão votar com o governo, a menos que sejam pressionados de forma incessante.
Por outro lado se denota mais uma vez a esperteza do governo em manipular os servidores, pois se por um lado se mostra disposto a negociar salários, por outro atrela a isso a criação desse fundo que ninguém sabe no que vai dar. Mais uma preocupação para todos nós, pois é o nosso futuro que estará em debate...

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