domingo, 8 de janeiro de 2012

Negociação com delegados é modelo

O Palácio Piratini já definiu o que vai apresentar, na mesa de negociação, aos servidores da Segurança e aos da Educação. O modelo é semelhante ao das tratativas com os delegados de Polícia, apontado como projeto-piloto, com um valor simbólico final ou "conta de chegada" (termo usado nas negociações), ponto de partida para fixar os reajustes, de trás para a frente. Pode levar em conta a média e não a base do salário, além de transformar o vencimento em subsídio. Para todos, o prazo final é 2018.

A proposta do governo prevê que, na segurança, os salários sejam próximos, para criar "certa isonomia". A partir do momento em que a meta de estruturação das carreiras for alcançada, contudo, o objetivo é estabelecer um corte entre as da Polícia Civil e as da Brigada Militar, de forma que um grupo pare de usar os vencimentos de outro como argumento na mesa de negociação.

O governo previa que o acordo com os delegados seria usado por outras categorias nas reivindicações, por isso as tratativas se estenderam. Ao final, o impacto sobre as contas do Estado foi mínimo: R$ 85 milhões (0,6% da folha de pagamento) em 2018. Para parte da categoria, o aumento foi mais simbólico do que real. Delegados de primeira classe terão aumento superior a 100% até 2018, mas os de quarta classe, por exemplo, terão 60%, próximo à inflação acumulada prevista. Isso ocorreu porque a negociação não tomou por referência o básico, mas a média salarial. Hoje um delegado de quarta classe tem um básico na faixa de R$ 8 mil. A média, porém, fica em torno de R$ 15 mil. Em 2018, eles receberão R$ 24 mil. Terão também alcançado a almejada equivalência com os procuradores de Estado que era sua "conta de chegada".
Fonte:http://www.correiodopovo.com.br
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NOTA DO EDITOR: É importantíssimo que nossa entidade de classe esteja esperta nessas negociações, o que pelo visto já está acontecendo, porém não é demais lembrar: o subsídio acaba com as vantagens tipo avanços trienais, adicionais e a GIAP. Se for mantida a paridade com os Procuradores assegurada na Lei é aceitável, porém em contrário é temerário, em virtude de que um ano sem reposição já produz achatamento salarial. Nós já sentimos isso na carne, pois em 92 o governo Colares promoveu essa paridade e ao longo dos demais governos o salário da BM e da PC foi corroído por conta da falta de atualização salarial. Não podemos errar novamente, agora já temos experiência suficiente para não incorrer no mesmo erro cometido lá atrás e a oportunidade não pode ser perdida.

Um comentário:

  1. Acredito que,desta vez, não podemos deixar passar a oportunidade. Em 1992, por causa de "alguns", a Brigada deixou de incorporar vantagens no básico. Os delegados incorporaram e possuem até hoje um básico forte.Entendo o teu receio, mas temos que ter em mente que os delegados JÁ ACEITARAM O SUBSÍDIO e, se não estivesse alinhavado com futuros reajustes dos procuradores, provavelmente não aceitariam. Abraços.
    Cel RR Gustavo

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