Menino mordido por cachorro em Torres, na terça-feira, foi transferido no Guapo 16 com agilidade para a Capital
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Equipe de médico e enfermeiro integra tripulação de praças e oficiais para salvar vidas Foto: Lauro Alves / Agencia RBS |
Os 20 policiais militares que desafiam o tempo e o ar para salvar vidas no Litoral Norte trazem novas companhias a bordo. Diariamente, uma equipe formada por médico integra a tripulação de praças e oficiais que, no céu, são como anjos.
Devido ao convênio firmado neste verão entre a Brigada Militar, por intermédio do Batalhão de Aviação (BAv) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), pacientes como Pietro Jobim Pastorini de Sousa Borges, quatro anos, mordido por um cachorro em Torres na última terça, puderam ser deslocados ou atendidos com agilidade — característica determinante em alguns casos.
— Torcemos para não ser acionados, pois, quando somos, é porque a situação é realmente grave. Então, nesses momentos, é fundamental poder contar com a novidade de termos uma equipe médica conosco — avalia o comandante do Batalhão de Aviação da Brigada, tenente-coronel Carlos Alberto Selistre.
A parceria, que já tem força em Etados como São Paulo e Santa Catarina, ainda está em fase de teste no Rio Grande do Sul. E para que este primeiro passo fosse possível, uma aeronave teve ser adaptada. Com assentos subtraídos e equipamentos especiais adicionados, o Guapo 16 ganhou ares de UTI no céu. Nele, é possível transportar pacientes do Litoral Norte para a Capital, desde que a família concorde e não haja prejuízo ao paciente, uma vez que a aeronave não é pressurizada.
— O espaço é pequeno. Por isso, o atendimento tem de ser resolutivo e feito com um número reduzido de materiais. No entanto, temos a chance de remover rapidamente e salvar vidas que poderiam ter fim com a demora — explica a médica Rossana de Carli.
VELOCIDADE COMO ALIADA
Além da remoção por meio do Guapo 16, os profissionais estão aptos para atuar com a tripulação em casos de afogamento, acidentes em rodovias ou em qualquer situação em que a velocidade seja a maior aliada. Para isso, o grupo ainda conta com outras duas aeronaves: um avião monomotor e um helicóptero.
A ideia é de que este projeto-piloto seja qualificado com formação e capacitação de novas equipes médicas, compra de equipamentos e, até mesmo, aquisição de uma aeronave-UTI. De acordo com Maicon Vargas, coordenador geral do Samu no Estado, o objetivo final é oferecer o atendimento aeromédico durante todo o ano e em todas as regiões gaúchas.
Desde o início da Operação Golfinho, em 15 de dezembro, o batalhão já foi acionado 11 vezes para agir em salvamentos no mar e águas internas e nas rodovias com os médicos e enfermeiros da SAMU. Com orgulho de quem vê os esforços valerem a pena, eles não contabilizam nenhuma morte. Todas as intervenções desta nova parceria foram de sucesso.
USO DE CADA AERONAVE
> Multimotor Embraer 810 Sêneca (Guapo 16)
Utilizado para a realização de eventuais missões de misericórdia, ou seja, transportar pacientes do Litoral Norte para a Capital, desde que a família concorde e não haja prejuízo ao paciente, uma vez que a aeronave não é pressurizada.
> Monomotor Cessna Centurion
Empregado em missões de patrulhamento na orla, sobre rodovias e, principalmente na rápida localização de vítimas à deriva no mar ou em lagoas.
> Helicóptero Schweizer
Usado em atividades de salvamento aquático. No entanto, por ser de apenas dois lugares, permite que apenas um tripulante operacional seja lançado à água de cada vez para fazer o salvamento. Os helicópteros multimissão do BAv (Esquilo), ideais para esta situação, estão em manutenção em Minas Gerais, sem uma exata previsão de retorno.
SERVIÇO
A ajuda da equipe aeromédica pode ser solicitada pelos telefones 3665-2813, 190 e 192.
Fonte:http://www.clicrbs.com.br
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NOTA DO EDITOR: Louvável a iniciativa da BM e da SAMU, porém é inevitável recordar que as aeronaves utilizadas para esse serviço não são adequadas e o serviço só é executado por iniciativa dos profissionais de saúde e dos servidores militares, os quais tem o maior boa vontade para qualificar o atendimento à população. Já por seu lado, o governo em nada colabora para isso, visto que os meios colocados à disposição são insuficientes, inadequados ou não existem. Para exemplificar: os aviões em uso pela BM são oriundos de convênios, apreensões ou adquiridos há mais de trinta anos, o que denota o descaso oficial com a atualização e qualificação dos serviços a serem colocados à disposição da população. Mas quem sabe a iniciativa dos servidores motiva o governo a investir na melhora dos meios para a melhoria do atendimento. Enquanto isso não ocorre salvas aos valorosos brigadianos e servidores da saúde que se colocam em risco para melhor atender à população!!!