segunda-feira, 22 de junho de 2015

Governo do RS irá ampliar atrasos de repasses para pagar salários

Parcela da dívida com a União também não será paga em dia, segundo Piratini


governo do Estado admitiu, nesta segunda-feira (22), que irá ampliar os atrasos de dívidas do mês de junho para garantir o pagamento em dia de todos os servidores. Além disso, pela terceira vez consecutiva, a parcela da dívida com a União, de R$ 280 milhões, deixará de ser quitada dentro do prazo. A justificativa é de que as medidas precisam ser adotadas em razão da crise financeira do Estado.
"Em função do déficit de mais de R$ 400 milhões todos os meses nos cofres do Estado, teremos de pagar outros compromissos das mais variadas áreas para garantir o pagamento da folha de junho em dia, como nos obrigam decisões judiciais", disse o secretário da Fazenda, Giovani Feltes. Ele não especificou quais áreas serão afetadas pelo atraso.
Segundo Feltes, além deste passivo, a arrecadação de ICMS está abaixo da inflação projetada para 2015. "Também estamos experimentando os reflexos nefastos da nova orientação econômica do governo federal, que infunde ao Estado dificuldades para o seu crescimento industrial e do varejo", sustentou. 
No mês passado, o governo atrasou repasses a hospitais, transporte escolar e área da segurança, entre outros. As dívidas foram quitadas até o dia 11 de junho, bem como a parcela de maio da dívida com a União.
Na manhã desta segunda, a situação financeira do Estado foi discutida no Palácio Piratini junto a representantes do Tribunal de Justiça, Ministério Público, Tribunal de Contas, Defensoria Pública e Procuradoria-Geral do Estado. As instituições tentam garantir mudanças na previsão orçamentária do ano que vem, que estabelece o congelamento de gastos.
No dia 2 de julho, termina o prazo para apresentação de emendas ao projeto junto a comissões da Assembleia Legislativa. Dezenas de entidades de classe já protocolaram pedidos de emendas que alteram a proposta original do Executivo.
Fonte:http://gaucha.clicrbs.com.br/
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NOTA DO EDITOR:Pela vez primeira o executivo chama para si a responsabilidade de dar o tom na tesourada, diga-se de passagem necessária, no orçamento do Estado do RS.
No meu modesto entendimento o Estado só sai desse atoleiro, onde está até o pescoço, com o entendimento de que não existem diferenças entre os Poderes, todos devem dar seu quinhão na busca do equilibrio financeiro. É uma grande balela essa de que não se pode reduzir os repasses para o Judiciário, MP, PGE, etc, se não tem dinheiro para uns não tem para os outros, pois as fontes de receita são as mesmas, são comuns.
Quem sabe os outros poderes não se agilizam e ajudam a viabilizar as cobranças de dívidas, que é uma das fontes de receita que repousam em berço explendido ao tom de inúmeros recursos procrastinatórios aceitos integralmente pelo Poder Judiciário???
Está mais que na hora de todos buscarem a solução, pois somente o Poder Executivo não conseguirá , pois não existem milagres para esse mal, que é resultado de anos e anos de gestão incompetente de nossos governantes.

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