segunda-feira, 8 de julho de 2013

Prá não dizer que não falei de bombas, tiros de borracha e de confrontos com a tropa...

Agora com a poeira e a fumaça mais rala, pois os mascarados retornaram para suas tocas, é importante que as autoridades não se esqueçam que o ano que vem é um ano eleitoral, tem copa do mundo e certamente os oportunistas retornarão com força total e com conhecimento aprimorado para continuar a bagunça recém promovida e  vista pelo mundo afora através das câmaras da TV e pelas redes sociais.
O que todos assistimos, ao vivo e a cores nos causa espanto, pois não estamos acostumados a conviver com manifestações diárias, as quais apesar de justas, nos confronta com a necessidade de entender e rever conceitos anteriormente assimilados, donde se depreende que algo de novo está acontecendo em nosso país. Apesar disso não podemos confundir o novo com o velho modo de fazer bagunça, promover a destruição do patrimônio, roubar e depredar em nome da liberdade, pois isso é anarquia, é crime, e como tal deve ser encarado sem receio pelo governo e pelos órgão policiais.
Reprimir com a força necessária para restabelecer a ordem é um dever e não uma alternativa da polícia militar, portanto algumas atuações vistas seguramente podem se configurar em omissão e desídia no cumprimento(no caso não cumprimento) da lei.
É de certa forma reconfortante assistir a atuação policial utilizando meios adequados, sem excessos e com a nítida preocupação de bem desempenhar sua missão sem violência e ressentimentos, porém é preocupante quando em alguns locais, dentre os quais aqui no RS, se denota uma certo titubear na ação policial, talvez pela pouca experiência dos comandantes, os quais recém foram guindados aos cargos mais relevantes da BM e podem ter uma insegurança, até certo ponto compreensível.
O que não se pode admitir é o afronte à lei, a bagunça generalizada e o quebra quebra criminoso sob as barbas da polícia sem uma reação firme e inequívoca na busca e no cumprimento ao estabelecido em lei e nos regulamentos mais incipientes reguladores dos limites para estas ocasiões, os quais que eu tenha conhecimento não sofreram nenhuma alteração significativa.
Não esqueçamos que a fraqueza de hoje será o incentivo para as ordas de amanhã e a atuação de hoje deve pautar a de sempre: firme e legal pautada na busca de garantir o direito de todos, manifestantes e não manifestantes, pois os direitos de uns estão limitados pelos direitos dos outros, e a quebra desses limites requer ação imediata de quem tem por dever zelar pela ordem e pelo cumprimento da lei.
A polícia não está aí para atender nenhum tipo de tendência, seja política ou social, nem tão pouco para ser bem quista pela população, a polícia está aí para fazer cumprir o que estabelece a lei, de forma isenta, responsável e na medida do necessário para restabelecer o direito e a ordem, o resto fica para a análise dos cientistas sociais, técnicos em segurança, professores, filósofos, sociólogos, etc, etc, TODOS ELES OPINANDO DE DENTRO DE SEUS CONFORTÁVEIS E CLIMATIZADOS GABINETES APÓS O DESFECHO E LONGE DAS DECISÕES!!!
De tudo o que foi visto é também importante não esquecer que a força policial deve receber a atenção merecida, no que se refere a meios humanos e materiais, para que possa se preparar e estar à altura quando for exigida sua atuação, o que se verificará num horizonte recente que não ultrapassa um ano. A copa do mundo está batendo à porta e uma preparação condigna já deve estar em andamento e se não está já estamos atrasados e fadados a contar com o imponderável, o que não se admite sob hipótese nenhuma.

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