Nestes tempos de eleições, como
de costume, vem à baila soluções mágicas e manjadas para resolver a crise e as
mazelas afeitas a segurança pública no nosso estado.
Eis que, ao vislumbrar a
possibilidade de eleição ao cargo de governador, muitas bobagens são lançadas
aos quatro ventos, sem a mínima exequibilidade e com níveis de
irresponsabilidade que beiram ao ridículo. Senão vejamos: criação de um batalhão escolar para policiar as
escolas públicas, será que sabem quantos soldados compõe um batalhão ou quantas
escolas públicas tem em nosso estado? Outra solução é a destinação dos efetivos
da administração para resolver a criminalidade nas ruas, outra insanidade, pois
os efetivos da administração já foram exauridos e hoje são compostos por
reservistas ou por um número tão insignificante de policiais, que não aumentam
em quase nada o efetivo de rotina.
As soluções logísticas e operacionais,
que podem influir diretamente nos índices de criminalidade, não passam por
essas mágicas e sim por atualização da lei penal, treinamento técnico-profissional,
recursos tecnológicos, aquisição de meios materiais e principalmente pela
reposição anual do efetivo, hoje defasado a níveis de 40 anos atrás.
Já para resolver a crise
financeira do estado as soluções encontradas são, da mesma forma superficiais e
beiram à irresponsabilidade, pois causam uma imensa intranquilidade e
insegurança jurídica aos componentes das corporações responsáveis por tão
sensível área. As ações mais citadas vão das mudanças estruturais nas carreiras
até a quebra da paridade salarial entre ativos e inativos, como se isso fosse o
condão mágico a resolver todos os problemas existentes!
Saliente-se que os militares
estaduais, policiais e bombeiros, nos últimos anos tiveram suas carreiras por
demais descaracterizadas, direitos como licença especial, triênios e adicionais
foram suprimidos, o tempo de serviço e o limite de idade foram aumentados, nada
mais restando para ser canibalizado. A hora é dos gestores fazerem sua parte,
priorizar a área com investimentos capazes de concretamente dar uma guinada em
busca de resultados alvissareiros.
Por fim nos comprometemos com a
dedicação e comprometimento, já por demais reconhecidos, porém não toleraremos
nenhum ataque à paridade e integralidade de nossos vencimentos, pois são
cláusulas pétreas de nosso estatuto e caracterizam nossa investidura como
militares estaduais.