Os crimes fizeram a cidade atingir a marca de 310 assassinatos em 2013
Pelo menos sete pessoas foram mortas em menos de 40 horas, neste final de semana, na Capital. Cinco dos crimes aconteceram na Zona Sul.
No bairro Partenon, um detento foi morto logo depois de sair em liberdade condicional do Presídio Central. Na Lomba do Pinheiro, um homem morreu e outro ficou ferido em tiroteio com a Brigada.
Os crimes fizeram Porto Alegre atingir a marca de 310 assassinatos em 2013.
Domingo, 16h - Luis Carlos Lopes da Silva, 54 anos, não sobreviveu às facadas que recebeu durante uma briga na tarde de domingo. Ele estava próximo de casa, na Rua Orfanotrófio, Bairro Nonoai, quando a confusão começou. Os policiais civis da 4ª DHPP ainda não sabem como e por que ele foi ferido. Ele chegou a ser levado ao Postão da Cruzeiro, mas não resistiu aos ferimentos.
Domingo, 14h - Uma ligação anônima para a Brigada levou à localização de um cadáver na tarde de ontem no extremo Sul da Capital. O corpo de um homem negro, aparentando 20 anos, estava em um matagal atrás do reservatório Boa Vista do Dmae, no Bairro Belém Novo. O corpo tinha ferimentos de oito disparos. Até a noite de ontem, não havia sido identificado pelo DML.
- É possível que a morte tenha ocorrido ali, pois encontramos um projetil encravado na terra - explicou o delegado Gabriel Bicca.
Segundo moradores, na noite de sábado ocorreu uma festa perto do local, e o homem encontrado morto era um dos participantes. Às 2h, foram ouvidos disparos.
- É possível que a morte tenha ocorrido ali, pois encontramos um projetil encravado na terra - explicou o delegado Gabriel Bicca.
Segundo moradores, na noite de sábado ocorreu uma festa perto do local, e o homem encontrado morto era um dos participantes. Às 2h, foram ouvidos disparos.
Domingo, 2h - Um adolescente foi morto na madrugada de domingo no Bairro Santa Tereza. Rayka Luna Ramos, 17 anos, foi atingido na cabeça por um tiro quando estava na Rua Ruben de Alcântara. De acordo com o delegado da 4ª DHPP, Gabriel Bicca, ainda não se sabe como aconteceu o ataque. Em setembro, 12 pessoas foram mortas no bairro, um dos quatro territórios de paz da Capital.
Sábado, 21h - Um homem foi encontrado morto na Rua James Bocaccio, Bairro Aberta dos Morros. De acordo com a primeira análise dos peritos, a vítima, identificada como Roberto Fontoura, foi espancada, provavelmente, com um pedaço de madeira.
Sábado, 21h - Um homem foi encontrado morto na Rua James Bocaccio, Bairro Aberta dos Morros. De acordo com a primeira análise dos peritos, a vítima, identificada como Roberto Fontoura, foi espancada, provavelmente, com um pedaço de madeira.
Sábado, 17h - Guilherme Teixeira da Silveira, 16 anos, foi morto com ao menos três tiros à tarde. De acordo com as investigações da 4ª DHPP, ele estava na Rua Rubem Pereira Torelly e foi atingido na cabeça, no peito e em um dos braços. Guilherme chegou a ser socorrido, mas não resistiu.
- Fica no mesmo local onde houve um tiroteio na sexta - alertou o delegado Gabriel Bicca.
Na sexta-feira, dois homens foram feridos e outros dois foram presos.
Na Zona Leste, dois crimes
Domingo, 7h - Um homem morreu e outro ficou ferido após PMs do 19º BPM atirarem contra o carro em que estavam, ontem, no Bairro Lomba do Pinheiro. A dupla estava em um Gol, com outros três homens. Por volta das 7h, o veículo não teria obedecido à ordem de parada dada por PMs que faziam o patrulhamento na Rua Tanauí da Silva Boeira.
- PMs disseram ter visto eles dispensarem uma arma, e que no carro havia outra - disse o delegado da 1ª DHPP, Wagner Dalcin.
Os brigadianos seguiram o carro até a Rua Luiz Pogorelski, no Beco da Taquara, e houve confronto. O Gol foi atingido por seis disparos. A viatura não foi atingida.
Alex Chaves Meirelles, 39 anos, foi baleado em um dos braços e na cabeça e morreu no local. Um rapaz de 22 anos foi ferido e socorrido no Hospital Cristo Redentor. Até a tarde de ontem, seu estado era estável.
No veículo, PMs apreenderam um revólver 357 e outro calibre 38. As outras três pessoas que estavam no Gol e não foram feridas foram levadas à 2ª DPPA e liberadas após registro.
- Fica no mesmo local onde houve um tiroteio na sexta - alertou o delegado Gabriel Bicca.
Na sexta-feira, dois homens foram feridos e outros dois foram presos.
Na Zona Leste, dois crimes
Domingo, 7h - Um homem morreu e outro ficou ferido após PMs do 19º BPM atirarem contra o carro em que estavam, ontem, no Bairro Lomba do Pinheiro. A dupla estava em um Gol, com outros três homens. Por volta das 7h, o veículo não teria obedecido à ordem de parada dada por PMs que faziam o patrulhamento na Rua Tanauí da Silva Boeira.
- PMs disseram ter visto eles dispensarem uma arma, e que no carro havia outra - disse o delegado da 1ª DHPP, Wagner Dalcin.
Os brigadianos seguiram o carro até a Rua Luiz Pogorelski, no Beco da Taquara, e houve confronto. O Gol foi atingido por seis disparos. A viatura não foi atingida.
Alex Chaves Meirelles, 39 anos, foi baleado em um dos braços e na cabeça e morreu no local. Um rapaz de 22 anos foi ferido e socorrido no Hospital Cristo Redentor. Até a tarde de ontem, seu estado era estável.
No veículo, PMs apreenderam um revólver 357 e outro calibre 38. As outras três pessoas que estavam no Gol e não foram feridas foram levadas à 2ª DPPA e liberadas após registro.
Sábado, 1h20min - A liberdade condicional para Ibaré Franco da Silva, 53 anos, durou apenas minutos, sábado, na Capital. Duas quadras depois de deixar o Presídio Central, ele foi abordado por um veículo com dois homens, que fizeram dez disparos de calibre 9mm. Ibaré morreu no local, e os criminosos fugiram sem serem identificados. A
1ª DHPP investiga.
Ibaré iniciou a vida criminosa na década de 1980 e tinha condenações por homicídio, tráfico, assalto e cárcere privado. Em 5 de fevereiro de 1997, manteve 11 pessoas reféns - quatro crianças. Em maio de 2002, invadiu uma estética no Bairro Petrópolis e manteve 30 pessoas reféns por mais de 45 minutos.
1ª DHPP investiga.
Ibaré iniciou a vida criminosa na década de 1980 e tinha condenações por homicídio, tráfico, assalto e cárcere privado. Em 5 de fevereiro de 1997, manteve 11 pessoas reféns - quatro crianças. Em maio de 2002, invadiu uma estética no Bairro Petrópolis e manteve 30 pessoas reféns por mais de 45 minutos.
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NOTA DO EDITOR: O aumento do índice de homicídios decorre de fatores que no mais das vezes independe da ação da policia, visto que envolve variáveis externas independentes da ação policial de rotina. Esse tipo de crime exige atividade forte de inteligência policial sob a forma de controle e vigilância em locais conflagrados pelo comércio de drogas e de armas, além de intensivo controle sobre os egressos do sistema prisional, os quais se constituem em potenciais autores e vitimas desse tipo de crime. Aliado a isso as operações de desarmamento e identificação de pessoas em locais conflagrados também constituem elementos dissuasores da crescente onda de homicídios. Enfim, é um tipo de crime de difícil controle, pois está ligado, como já disse a um número de variáveis externas que por si só regulam as ligações de dominação do submundo do tráfico de drogas, roubo de veículos, comércio ilegal de armas, furto de veículos, etc, desta forma se constituindo em um grande desafio para os órgãos policiais o exercício de um controle mais efetivo. Ainda para piorar a situação o ordenamento jurídico e os órgão de contenção apresentam estrutura antiquada e ineficaz provocada pela inoperância das instituições e pela falta de investimentos de forma generalizada. Para a população resta o temor e a impotência ante situação tão adversa e inexoravelmente mais próxima a cada dia.