Amigos
Publico a seguir duas notícias semelhantes, diferem apenas no tempo decorrido entre uma e outra, pois o conteúdo e o governo são do mesmo partido.
Isto deixa claro mais uma vez que segurança pública é discurso de campanha, na prática as velhas iniciativas vão e vem a cada troca de governo.
Logo, logo ouviremos o outro chavão: o efetivo da administração será remanejado para a operacionalidade, blá, blá, blá...
Iniciativas como estas, se bem me recordo, provocaram até insubordinação nos quartéis.
É interessante que o Comando esteja inteirado do que está sendo gestado, sob pena de colher tempestades.
E o governo quando vai valorizar os policiais?
CORREIO DO POVO - 15/04/2011
Governo estuda reestruturar a Brigada Militar
Palácio Piratini quer transferir mais policiais para os grandes centros
O governador Tarso Genro deflagrou o processo de reestruturação da Brigada Militar. Paralelamente à implantação do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) no Estado, o governo elabora um diagnóstico que inclui a possibilidade de transferência de policiais para cobrir a carência de efetivo nos grandes centros urbanos. O estudo, que está sendo feito pelo secretário de Segurança Pública, Airton Michels, e pelo comandante-geral da BM, coronel Sérgio Roberto de Abreu, está em fase adiantada.
Como não será possível fazer concurso em 2011 para ampliar o efetivo devido ao estrangulamento das contas públicas, a saída para combater o déficit de policiais foi direcionar a reestruturação para o remanejamento de servidores que estão em pelotões mais numerosos e que atuam em regiões menos violentas.
A tendência é que parte dos brigadianos seja transferida para a região Metropolitana e outros polos onde se verifica alto grau de criminalidade. Membros do primeiro escalão do Piratini confirmam a reestruturação da BM, que também é de conhecimento de parlamentares. "É importante fazer o diagnóstico. A defasagem de policiais é muito grande. A situação é dramática", resumiu Miriam Marroni (PT), líder do governo na Assembleia.
"A determinação do governador é para que se faça o estudo e se verifique a realocação. O concurso é difícil de sair neste ano", disse Miriam. O coronel Valmor Araújo de Mello, chefe do Estado Maior da BM, disse que a corporação soma aproximadamente 24 mil policiais. Para se aproximar do ideal, é necessária a contratação de 9 mil servidores.
CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE, DOMINGO, 10 DE OUTUBRO DE 1999
Brigada Militar redistribui tropa
Corporação começa nesta semana o remanejamento de policiais militares para reduzir distorções
Luciamem Winck
A Secretaria da Justiça e da Segurança (SJS) começa, nesta semana, a redistribuição dos policiais militares no Rio Grande do Sul. Em função da carência de 8,5 mil servidores, o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Roberto Ludwig, anunciou no sábado as medidas que garantirão recursos humanos para acabar com as distorções verificadas em vários municípios. As mudanças iniciam-se em Porto Alegre com a dissolução dos destacamentos especiais dos bairros Centro, Tristeza e Alto Petrópolis. Dessa forma, os PMs que atuam nessas três unidades serão absorvidos pelos 1º e 9º Batalhões de Polícia Militar e pelo Destacamento Especial do Sarandi.
'A manobra vai resultar em um incremento de 3% no efetivo da Capital, pois os servidores que atuavam nas áreas administrativas dos três destacamentos passarão a atuar no policiamento ostensivo', explicou. Outra meta de Ludwig é acabar com as 'distorções' decorrentes da distribuição da tropa no Estado. Levantamentos realizados pela equipe técnica da SJS apontam excesso de PMs em algumas cidades, com proporção de um para cada 70 habitantes, e carência em outros, onde a média é de um para 1,3 mil pessoas. Devido a essa distribuição, existem 1.209 PMs em excesso em diversas cidades gaúchas e, ao mesmo tempo, faltam quase 3 mil em outras.
Nesta segunda-feira, o comando definirá a lotação dos 525 novos integrantes da corporação. 'Eles serão lotados em Porto Alegre , no Vale do Sinos e nas cidades onde as distorções são maiores', frisou. Ludwig disse, porém, que serão respeitados os interesses dos formandos, tentando adequar a escolha ao mapa de necessidades. 'Também vamos criar um banco de transferências para ajuste de efetivo. Os que desejam mudar de cidade poderão se inscrever, e os pedidos serão atendidos de acordo com a demanda.' A meta do governo é fazer com que nenhum município fique com menos de quatro PMs, estabelecendo uma relação técnica entre a lotação dos policiais, o número de habitantes e o estudo dos índices de criminalidade em cada cidade gaúcha.
O tempo passa, as pessoas mudam, mas os métodos permanecem iguais...
Lamentável!!!
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