*Jorge Luiz Prestes Braga
Duas situações que parecem não ter nada a ver uma com a outra nos fornecem subsídio para realizar ilações interessantes para entender mais sobre a segurança do nosso dia a dia.
Um guarda de rua, desses que encontramos em todos os bairros de nossa cidade, só quem não os encontra é o órgão responsável por fiscalizar essa irregularidade, numa ação extremamente eficaz baleou e frustrou um assalto a uma família que chegava em casa. Excelente, louvável, maravilhoso, enfim um serviço eficiente e eficaz, não fosse estar o competente guarda portando uma arma de fogo na via pública sem o porte regulamentar.
Resultado do ocorrido: mais uma ação exemplar da BM, conduzindo o guarda preso em flagrante e o apresentando à autoridade policial a quem compete a lavratura do feito com o posterior encaminhamento ao Poder Judiciário. Perfeito, justiça feita!
Em outro extremo da cidade em uma aula magna da UFRGS, nosso recém empossado governador em arroubo de liberalidade, muito característica dos anos 70 rendeu odes, juras de amor e defesa da tolerância da cannabis sativa, inclusive minimizando os malefícios da erva.
Também, o nosso primeiro mandatário, deu mostras de não ter sido bem informado pela sua assessoria afirmando que não tem notícia de que os fumantes da maconha tenham dado causa a alguma morte, uma visita a qualquer quartel ou delegacia vai auxiliá-lo a se inserir na realidade.
O mais surreal e impressionante é que foi aplaudido de pé pelo reitor, professores e alunos, nos dando o direito de inferir que naquele meio esse novo mundo é possível e concreto.
Realmente está cada vez mais difícil. Sem uma análise aprofundada um cidadão comum de mediano entendimento haverá de indagar: prende-se o guarda que praticou ato de defesa de terceiro e o governador que tem o dever de defender a lei, mas defende abertamente a liberação da maconha, o que acontece?
*Coronel RR BMRS
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