Após o lamentável episódio propiciado por um maluco na escola do Realengo os oportunistas de plantão (políticos) dão mostras de mais uma vez saírem em busca de soluções casuísticas que, se implementadas, certamente consumirão milhões de reais sem chegar a lugar nenhum, pois pelo que parece vem aí mais uma inútil campanha de desarmamento.
O noticiário dá conta da iniciativa do Ministro da Justiça e da Ministra dos Direitos Humanos, no caso os ministros José Eduardo Cardoso e Maria do Rosário, os quais estão capitaneando movimento para retomar a malfadada campanha.
Será que não tem algo mais eficaz e inteligente para propor?
Acredito que somente um trabalho sério, envolvendo a sociedade e as autoridades policiais envolvidas com o tema, será capaz de identificar soluções mais concretas e eficazes. Por certo um punhado de burocratas absolutamente dissociados da realidade das ruas somente reproduzirá o que se produziu na campanha anterior, ou seja, algo próximo de NADA.
O desarmamento por si só será capaz de reduzir os índices de criminalidade por algum tempo, porém outras medidas tanto ou mais importantes urgem ser tomadas, caso contrário será mais uma panacéia a se prestar para consumir vultuosas parcelas do orçamento e enganar os desavisados.
O problema da segurança pública passa por outras medidas de maior importância e de reflexos mais importantes do que o simples desarmamento da população, sendo de vital importância a questão da educação pública, da saúde pública, da moradia, do emprego, da valorização da atividade policiail, entre outros.
Engana-se quem pensa que a campanha de desarmamento e proibição da venda de armas vai desarmar os bandidos, estes não entregarão suas armas, pois dependem delas para suas ações, de outra banda o cidadão de bem, este sim deverá ficar mais frágil e desamparado.
Algumas medidas que julgo necessárias para um processo organizado na busca da redução da criminalidade destaco como primordiais a aprovação da atualização do Código Penal e do Código de Processo Penal, que dormita há vários anos nos escaninhos do Congresso Nacional tornando mais efetiva e ágil a aplicação da lei, a construção de casas prisionais que possibilitem a diminuição da impunidade, o controle efetivo das fronteiras para cortar o abastecimento de armas clandestinas que ingressam desbragadamente no país, a implementação do ciclo completo para as polícias, o estabelecimento de plano de carreira e salários compatíveis para os policiais, entre outras.
Iniciativas surgidas e resultantes dos momentos de crise tendem a atender aos interesses eleitoreiros dos governantes de plantão e disto já estamos escolados, pois fenecem logo adiante com o passar dos dias.
O lamentável é que tais atos pouco inteligentes recebem ampla divulgação e passam a ser tidos como solução mágica que trará a solução final a todos os problemas da segurança pública.
O superficialismo de campanhas desta natureza demonstra o despreparo de nossos políticos, seu pouco conhecimento sobre o assunto e como resultante jogamos pela janela uma excelente oportunidade de identificar e combater as reais causas da violência e criminalidade, que nos últimos anos tem abreviado tantas vidas e enjaulado em suas casas os cidadãos de bem deste país.
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