Com tradição de dar codinomes aos seu agentes, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) resolveu fantasiá-los – para fins didáticos – de Batman, Robin e Mulher Gato. E, para não fugir ao hábito, gravou-os em vídeo em plena performance.
O vídeo, que está fazendo sucesso na Internet, foi criado, segundo o órgão, para ensinar português aos seus funcionários, inclusive agentes e oficiais de informação. No vídeo, a dupla dinâmica tenta intimidar a vilã Mulher Gato usando a autoridade de super heróis. Mas escorrega feio na gramática ao negociar a libertação de reféns, mantidos sob a mira da vilã. Malvada, ela ameaça matar um refém a cada erro gramatical. Seria uma tragédia se fosse de verdade porque os heróis inseparáveis não dão uma dentro nas concordâncias, abusam de pleonasmos e cometem as gafes mais primárias.
Batman promete não medir “esfôrços” (com “o” fechado) para libertar os refens e condena mais um à morte. Robin reclama que a vilã está lhe causando bastante (no singular, não no plural) problemas (plural) e condena outro.
Sem piedade, Mulher Gato tira mais uma vida quando o homem morcego liga para a Abin e pede “mais refôrços”. Mas ela também dá seus tropeços ao pronunciar as “ixigências” e ao aconselhar que os heróis “precisam `de’ fazer curso de português”. O vídeo é uma adaptação da peça “O Sequestrador”, encenado pelo grupo teatral “Os Melhores do Mundo”, de Brasília.
A peça foi adaptada pelo grupo teatral da Abin e em 2007 transformada em vídeo, que acabou no YouTube e passou a fazer sucesso pelo seu teor bizarro. Produzido e distribuído pelo Núcleo de Educação a Distância da Escola de Inteligência, o material se destina a todo o pessoal da Abin, inclusive agentes e oficiais de inteligência. A responsabilidade da filmagem é da Coordenação-Geral de Telecomunicações e Eletrônica da Agência.
O Gabinete da Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, ao qual a Abin é subordinada, informou que o vídeo foi produzido para uso interno, na sede e nas superintendências do órgão nos estados. O GSI não informou o total gasto na produção e distribuição do material. (http://www.estadao.com.br/)
Interessante a iniciativa, aquí na aldeia os nossos TC merecem um conhecimento melhor da língua pátria, pois os narrativas expressas nesses documentos geralmente são sofríveis. Quem sabe não utilizamos por aquí como figurantes o PMzito e a PMzita???
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