terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Homicídios crescem 17% em um ano no Rio Grande do Sul

No final da tarde de segunda-feira, sem alarde, a Secretaria de Segurança Pública do Estado divulgou os dados da criminalidade no Rio Grande do Sul referentes ao ano passado. Quando comparados às estatísticas de 2011, os dados revelam um aumento no índice de crimes violentos. 

O número de homicídios cresceu 17,47%, depois de ter sofrido uma redução de 0,36% entre 2010 e 2011, enquanto os roubos de veículos — que vinham crescendo desde 2010 — continuam em ascensão: de 2011 para 2012, aumentaram 9,27%.

Os roubos cresceram 1,37%, enquanto os furtos, em que não há uso de violência, caíram 4,23%. Para o consultor de segurança José Vicente da Silva Filho, coronel da reserva da Polícia Militar de São Paulo e secretário nacional de Segurança Pública entre julho e dezembro de 2002, ter um aumento no número de roubos e uma queda nos furtos é preocupante, uma vez que significa a presença de criminosos mais violentos. 

— Para a estrutura social e econômica que o Rio Grande do Sul tem, a situação deveria estar muito melhor — avalia o consultor. 

Com uma população aproximada de 10,6 milhões de habitantes, de acordo com o Censo 2010 do IBGE, o Estado teria uma média de 18,3 mortes para cada 100 mil pessoas.

— Querer invocar causas socioeconômicas, como as epidemias de crack, para justificar o aumento da violência, não é correto. O erro é do aparato de segurança do Estado, que falhou com a sociedade — afirma José Vicente.

O secretário de Segurança Pública, Airton Michels, foi procurado ontem por ZH, mas afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que só se pronunciará à imprensa hoje. O chefe da Polícia Civil, delegado Ranolfo Vieira Jr., e o comandante-geral da Brigada Militar, Fábio Duarte Fernandes, disseram que só falariam sobre os índices depois da declaração de Michels.
Fonte:http://zerohora.clicrbs.com.br
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NOTA DO EDITOR: Quem está certo, o Secretário da Segurança ou o Chefe da Polícia???
Qual é a afirmação verdadeira, se é que alguma é verdadeira!!! É o costumeiro jogo de números, os quais por si só não dizem nada, pois o que realmente vale é o sentimento do povo nas ruas. Este sim é o verdadeiro termômetro da criminalidade. Basta uma pequena incursão pelas avenidas e ruas dos principais centros urbanos do Estado para perceber o medo estampado na face das pessoas, o receio dos pais ao verem seus filhos saírem à rua para trabalhar, passear ou divertir-se. A criminalidade violenta cresce geometricamente  só nega quem não quer ver ou admitir a falência dos órgão de prevenção e/ou repressão. No início do ano passado medidas midiáticas foram adotadas, todas de inopino, sem planejamento prévio, e invariavelmente não conseguiram reverter a tendência de alta agora verificada. Efetivos foram retirados de cidades do interior para atuar nos centro urbanos mais populosos, porém medidas desse jaez tendem a minimizar as ocorrências nos locais mais policiados, porém o crime migra para outros e não deixa de crescer. O combate a criminalidade e a violência crescente passa por investimentos em educação, qualificação e aparelhamento dos órgãos policiais, revisão de leis inadequadas e antigas de forma a diminuir o sentimento de impunidade, fator principal do aumento da criminalidade. Estas medidas são políticas de Estado e não propriedade deste ou daquele governo, mas isto é difícil, para não dizer impossível, diante da mediocridade de nossos políticos que governam com o olho na reeleição. 

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